Centrais sindicais defendem ataque de Dilma a bancos
Os presidentes das duas principais centrais sindicais do País , CUT e Força Sindical, defenderam ontem, nas comemorações do 1.º de Maio, o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff , feito na véspera em cadeia de rádio e TV, quando ela atacou os bancos ao dizer que era inadmissível que as instituições privadas cobrassem os 'maiores juros do mundo'.
Em discurso para mais de 50 mil pessoas, que participavam ontem da comemoração do Dia do Trabalho, o presidente da Força, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), elogiou o pronunciamento da presidente: 'Acho que nunca um presidente do Brasil tratou de juros de uma forma tão dura como a presidente Dilma fez ontem (segunda-feira)', afirmou Paulinho da Força, como o deputado é conhecido.
Segundo ele, a diminuição da taxa de juros cobrada pelas instituições financeiras é uma reivindicação antiga das centrais sindicais e, agora, após sensibilizar Dilma sobre o tema, o próximo passo será a presidente conseguir 'enquadrar' a equipe econômica, que sempre se posicionou contrária a essa decisão. 'Ninguém aguenta mais comprar uma televisão e pagar três. Mas eu acho que a presidente Dilma tratou desse assunto seriamente e isso mostra que nós ganhamos a opinião dela', afirmou.
CUT. Já o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, disse que 'a presidente Dilma respondeu à nossa reunião, feita há um mês, onde colocamos que ela tinha de ter mais ousadia com o sistema financeiro'. 'Ela tinha de cobrar mais a redução do spread bancário e utilizar os bancos públicos para isso', disse o sindicalista, que participou da festa de 1.º de Maio organizada pela central, em São Paulo.
O dirigente disse que a posição da presidente tende a encaminhar o País para uma grande reforma tributária, onde se privilegie os geradores de emprego e se puna os 'especuladores'. 'Temos de continuar (com esses discurso) para fazer a reforma tributária e garantir que, quem quer produzir e gerar emprego, pague menos impostos, e quem quer especular, pague mais impostos. Essa é a nossa luta', emendou.
Fonte Estadão.
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