PSD se sai melhor nos Estados que governa
Quarto partido no número de prefeituras conquistadas nesta eleição, o
estreante PSD teve seu melhor desempenho nos Estados em que controla a
máquina pública. Nas cinco unidades em que proporcionalmente mais elegeu
prefeitos, o partido ocupa o posto de governador ou de vice.
No Amazonas, por exemplo, o PSD conquistou 24 das 62 prefeituras, 39% do
total. O Estado é administrado por Omar Aziz, que no ano passado deixou
o PMN para ingressar no recém-criado PSD.
A Bahia é outro exemplo: 17% das cidades serão geridas pelo PSD. Em
termos absolutos, é o Estado que mais terá prefeituras da sigla: 70.
Otto Alencar, vice-governador pelo PSD, reconhece o peso do apoio da administração. "A aliança com o governador foi muito importante para estruturar o partido."
Otto Alencar, vice-governador pelo PSD, reconhece o peso do apoio da administração. "A aliança com o governador foi muito importante para estruturar o partido."
Ele afirma que o resultado se deve também ao ªgrupo forteº da sigla no
Estado. ªSão 12 deputados estaduais e seis federais que seguem a minha
liderançaº, afirma.
Em Santa Catarina, também governada pelo partido, o PSD venceu em 18% das cidades e disputa a capital.
Em Santa Catarina, também governada pelo partido, o PSD venceu em 18% das cidades e disputa a capital.
Em número de prefeituras, o partido só ficou atrás de PMDB, PT e PSDB.
Fundado em 2011 pelo prefeito paulistano, Gilberto Kassab, o PSD tornou-se a quarta maior bancada da Câmara.
Fundado em 2011 pelo prefeito paulistano, Gilberto Kassab, o PSD tornou-se a quarta maior bancada da Câmara.
À época, conseguiu filiar também cerca de 550 prefeitos, segundo suas
próprias contas. A partir do ano que vem, vai governar ao menos 494
cidades e disputa o segundo turno em mais cinco.
O secretário-geral da sigla, Saulo Queiroz, relativiza a redução. "O
importante é que mantivemos o número de prefeitos em cerca de 500, essa
foi nossa grande vitória."
Entre as prefeituras perdidas está a da maior cidade do Brasil, São
Paulo, onde o PSD abriu mão da cabeça de chapa para apoiar José Serra,
padrinho político de Kassab.
Segundo Queiroz, "não havia a expectativa de eleger prefeitos em cidades
grandes". "Fizemos e cumprimos pactos de apoiar capitais quem nos
apoiou na formação do partido", afirmou.
Kassab classificou o resultado como "extraordinário". "Fizemos a quinta
bancada de vereadores do país. Se considerar as grandes cidades em que
fazemos parte da coligação, o resultado foi extraordinário", afirmou.
Ao analisar os dados, Queiroz diz que o "fundamental" é que o PSD
conseguiu se distribuir por todo o país. "Essa eleição nos deu
capilaridade. Nosso empenho agora era para chegar forte em 2014. Acho
que conseguimos."
(Fonte Folha de São Paulo)
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