Jequié: Conselho de Saúde entra com representação contra prefeito e organiza protesto
O
Conselho Municipal de Saúde de Jequié, junto com outros órgãos,
realizará uma manifestação nesta terça-feira (20), em frente à Câmara do
município, para protestar contra o prefeito da cidade, Luiz Amaral
(PMDB). Na última semana, o grupo entrou com uma representação no
Ministério Público contra o gestor, além do vice-prefeito Eduardo Lopes,
e dos secretários Belmiro Matos (Saúde), Luciano Sepúlveda (Governo) e
José Roberto Borges (Administração). “O prefeito abandonou a cidade. Não
atende a gente; não vai na prefeitura. O vice e os secretários mandam
lá”, acusou a presidente do conselho, Rita Souza, em entrevista ao Bahia
Notícias. Segundo a dirigente, são cobrados da atual administração
cinco pontos principais: o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde
(UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF) com médicos, funcionários e
material de consumo; a manutenção do estoque de medicamentos da Farmácia
Básica na rede; o funcionamento ininterrupto durante a semana e os
finais de semana da UPA–PA 24 horas com equipe de saúde completa; o
pagamento de salários atrasados de 23 médicos contratados por meio de um
convênio entre a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) e a Secretaria
Municipal de Saúde de Jequié; e a garantia de atendimento médico e
remédios para os alunos da Apae – que estariam, segundo o conselho, sem
receita médica há mais de três meses. Além do Conselho de Saúde,
participam da organização do ato – que terá início às 15h, com saída da
frente do MP – o Conselho de Leigos e Leigas da Igreja Católica e os
movimentos negros UNNEJE e Mocambo Odara, entre outras entidades.
O prefeito afirmou que aguarda a chegada de um parecer do
Ministério Público para responder aos questionamentos e rebateu as
acusações de que o município estaria abandonado. “Eu não abandonei. A
cidade está limpa, com salários em dia. A saúde não está abandonada. Se
for olhar em relação a Itabuna, Ilhéus ou salvador, a nossa é nota
oito”, comparou. O gestor ainda minimizou as acusações contra si, ao
dizer que o conselho estava “cumprindo o seu papel”. “A manifestação não
é exatamente contra a administração; é a favor da saúde. O pessoal sabe
que todo mundo quer saúde boa, mas não tem dinheiro. É assim no Brasil
inteiro. A situação é braba”, defendeu.
Informações Bahia noticias
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