Toffoli diz não ser 'pedagógico' colocar pessoas na cadeia
BRASÍLIA - O
ministro Dias Toffoli fez um duro discurso nesta quarta-feira, 14,
contra as penas de prisão que vêm sendo aplicadas pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) no processo do mensalão. Ele afirmou que o conceito de
privar as pessoas de liberdade é "medieval" e não ser "pedagógico"
colocar condenados em prisões. Para Toffoli, o mais interessante seria
aplicar multas em patamares superior.
"As penas restritivas de
liberdade que estão sendo impostas nesse processo não têm parâmetros
contemporâneos no judiciário brasileiro", afirmou Toffoli.
Ele
citou as críticas feitas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
sobre o sistema prisional para afirmar que seria mais importante
aplicar punições severas em relação a multas. "Já ouvi que o pedagógico é
colocar as pessoas na cadeia. O pedagógico é recuperar os valores
desviados", afirmou. "Estou aqui a justificar em relação às penas uma
visão mais liberal e, vamos dizer, mais contemporâneo porque prisão,
medida restritiva de liberdade, combina com o período medieval",
completou, citando ainda não se viver mais no período da inquisição com
"condenação fácil à fogueira".
Toffoli prosseguiu dizendo que no
caso do mensalão, em específico, os crimes cometidos tratam-se de
delitos com objetivo financeiro, não de violência. "Aquele que comete um
desvio com intuito financeiro, e tudo o que foi colocado aqui era o
intuito fianceiro, não era violência, não era atentar contra a
democraicia, não era atentar contra o estado democrático de direito
porque o estado de direito era muito maior do que isso. Era o vil metal,
então que se pague com o vil metal", afirmou. O ministro ressaltou que o
objetivo da prisão seria afastar as pessoas perigosas do convívio com a
sociedade e citou a ex-presidente e acionista do Banco Rural, Kátia
Rabello, lembrando que ela é bailarina por formação. Ele questionou qual
seria o risco que ela poderia produzir.
O revisor, ministro
Ricardo Lewandowski, que tem aplicado penas de multas mais baixas,
afirmou que pode rever as sanções propostas se o tribunal definir um
critério sobre o tema. Disse concordar com Toffoli sobre a necessidade
de se aplicar penas pecuniárias altas. Ressaltou, porém, que algumas
multas aplicadas estariam acima do permitido porque a Constituição veta o
"confisco".
O ministro Gilmar Mendes foi outro a citar a
declaração de Cardozo sobre o sistema prisional. "Eu também louvo as
palavras do ministro Cardozo. Eu só lamento que ele tenha falado só
agora porque este é um problema conhecido desde sempre", afirmou. Ele
afirmou ser preciso que o governo federal participe do debate sobre
segurança pública e coordene a discussão.
Fonte Estadão.com
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Solidariedade
Ouça aqui: Web Radio Gospel Ipiaú
Web Rádio Gospel de Ipiaú
Siga-nos
Publicidade
Faça seu pedido: (73) 98108-8375
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade.
Publicidade
Total de visualizações de página
Anucie aqui: (73) 991241546-9-82007563
Postagens mais visitadas
Arquivo do blog
- ► 2024 (5607)
- ► 2023 (4688)
- ► 2022 (5535)
- ► 2021 (5869)
- ► 2020 (4953)
- ► 2019 (3140)
- ► 2018 (711)
- ► 2016 (209)
- ► 2015 (162)
- ► 2014 (462)
- ► 2013 (1713)
-
▼
2012
(1976)
-
▼
novembro
(144)
-
▼
nov. 15
(6)
- Cipó: Prefeito eleito é denunciado por formação de...
- Esplanada: Prefeito é acusado de retirar gratifica...
- Deputada organiza manifestação para apressar julga...
- Seca deixa 259 municípios baianos em situação de e...
- 'Craconha': Consumo de droga produzida da combinaç...
- Toffoli diz não ser 'pedagógico' colocar pessoas n...
-
▼
nov. 15
(6)
-
▼
novembro
(144)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente esta matéria.