Anistia Internacional defende pronunciamento público de Dilma sobre Comissão da Verdade
Ao fazer o balanço de um ano de atividades da Comissão Nacional da
Verdade (CNV), a Anistia Internacional sugeriu um depoimento público da
presidente Dilma Roussef. A entidade considera que o grupo falha por não
fazer mais audiências públicas, como a que ouviu o coronel reformado
Carlos Alberto Brilhante Ustra, que acusou a presidente de integrar um grupo terrorista.
Para a Anistia, as audiências fechadas só deveriam ocorrer em situações
extremas. “Qual seria o impacto de audiência pública em que a
presidente Dilma Rousseff contasse sua história como sobrevivente de
tortura e se comprometesse a banir esse crime do país?”, questiona
trecho da análise sobre o trabalho da CNV e publicado pela Anistia
Internacional, reconhecida internacionalmente por sua atuação na defesa
dos direitos humanos. Para a instituição, o Brasil poderia repetir a
experiência da África do Sul, onde os testemunhos eram transmitidos em
rádio e TV. O documento considera que o Brasil criar a comissão da
verdade com atraso em comparação aos vizinhos latino-americanos, mas
cita como avanços descobertas relativas ao caso do ex-deputado Rubens
Paiva, e a correção do atestado de óbito do jornalista Vladimir Herzog ,
que reconheceu seu assassinato em dependências do Estado e descartou a
farsa do suicídio. A entidade acredita que o relatório final deve ter
contribuições para as políticas públicas e que possa servir de base para
processos judiciais nos questionamentos à Lei de Anistia.
Fonte Bahia noticias
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