Bolsa Família é irrelevante para diminuir desigualdade, aponta estudo da UNB
Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) mostrou que o Programa
Bolsa Família contribui em apenas 1% para reduzir a concentração de
riqueza no país – uma das mais elevadas do mundo. Um mecanismo
estatístico criado pelos autores da pesquisa – os pesquisadores Marcelo
Medeiros e Pedro Souza, que atuam no Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), além da UnB – identifica os fatores que ajudam a
concentrar e a distribuir renda no país e o peso de cada um na formação
do quadro brasileiro atual de desigualdades. Dos oito elementos
analisados, a assistência social, formada pelo Bolsa Família e pelo
Benefício de Prestação Continuada (cujo público são idosos e pessoas com
deficiência carentes), é praticamente irrelevante para desconcentrar a
riqueza. Nesse quesito, o impacto maior decorre do Imposto de Renda, que
incide sobre os mais endinheirados, contribuindo em 10% para diminuir a
desigualdade. Porém, a renda do trabalho no setor privado eleva a
disparidade.
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