Depois de pressão popular, Câmara rejeita PEC 37
A pressão das manifestações populares das últimas
semanas, em todo o país, resultou nesta terça-feira (25) na derrubada da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, que limitava os poderes de
investigação do Ministério Público. Aprovada na Comissão de Constituição
e Justiça e na comissão especial que analisou o mérito, a proposta foi
rejeitada por 430 votos a favor, 9 contrários e 2 abstenções. Com a
rejeição, a PEC vai ao arquivo.
Logo após a rejeição da PEC, as centenas de pessoas
que acompanharam a sessão das galerias da Câmara, cantaram um trecho do
Hino Nacional. Os manifestantes, em sua maioria representantes do
Ministério Público e agentes da Polícia Federal, aplaudiram todos os
encaminhamentos favoráveis à rejeição da proposta.
A derrubada da PEC 37 era uma das principais
bandeiras dos movimentos populares que têm tomado às ruas de várias
cidades brasileiras e do exterior. Por definir que o poder de
investigação criminal seria restrito às policias Federal e Civil, a
proposta foi considerada como “PEC da impunidade”.
Por duas vezes, o presidente da Câmara, deputado
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), apelou para que a rejeição fosse
unânime a fim de que a Casa ficasse em sintonia com o clamor das ruas.
Autor da PEC, o deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA) foi o único a
defender a aprovação da proposta. Segundo ele, “um erro de percurso”, em
referência às manifestações, fez com que a PEC fosse considerada
“nefasta”.
Agência Brasil
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