EUA rejeitam responder publicamente a Brasil sobre espionagem
O governo dos EUA disse no domingo que não vai responder publicamente
aos questionamentos feitos pelo Brasil sobre espionagens realizadas no
país.
Questionado pela BBC Brasil sobre a reação brasileira
, o Departamento de Estado americano disse por e-mail que "o governo dos
EUA vai responder apropriadamente a nossos parceiros no Brasil pelas
vias diplomáticas e de inteligência. Não vamos comentar publicamente ou
especificar supostas atividades de inteligência. Como política, já
deixamos claros que os EUA obtêm inteligência estrangeira do tipo
coletado por todas as nações."
Segundo denúncia feita no sábado em reportagem do jornal O Globo, com base em documentos coletados por Edward Snowden
, o Brasil teve milhões de telefonemas e mensagens espionados na última década.
No mesmo dia, o Itamaraty pediu "esclarecimentos" ao
governo americano e ao embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon,
quanto à denúncia de que pessoas e empresas no Brasil teriam sido alvo
de espionagem por parte da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla
em inglês).
"O governo brasileiro recebeu com grave preocupação a
notícia de que as comunicações eletrônicas e telefônicas de cidadãos
brasileiros estariam sendo objeto de espionagem por órgãos de
inteligência norte-americanos", afirmou o Itamaraty, em comunicado.
Denúncias pelo vazamento de Snowden:
Monitoramento: EUA mantêm ampla base de dados telefônicos
Prism: EUA coletam dados de nove empresas de internet
Jornal: EUA podem usar dados de inteligência sem mandado
Denúncia: Reino Unido espionou autoridades do G20 em 2009
Guerra cibernética: EUA espionam computadores da China
Diplomatas: Europa exige respostas sobre supostos grampos dos EUA
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Segundo a nota, o governo brasileiro "promoverá no âmbito
da União Internacional de Telecomunicações (UIT) o aperfeiçoamento de
regras multilaterais sobre segurança das telecomunicações e lançará, na
ONU, iniciativas para proibir abusos e impedir a invasão da privacidade
dos usuários das redes virtuais de comunicação (...) que protejam os
direitos dos cidadãos e preserve a soberania de todos os países".
Fonte Ultimo segundo (BBC)
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