Governo ainda prefere reforma válida em 2014, diz Temer
O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) afirmou na tarde desta
quinta-feira (4), em nota oficial, que o governo "mantém a posição de
que o ideal" é a realização de um plebiscito "que altere o sistema
político-eleitoral" que já valha nas eleições de 2014.
Sob pressão dos próprios aliados no Congresso, o governo descartou
realizar um plebiscito sobre a reforma no sistema político brasileiro
para valer nas eleições de 2014. A decisão foi anunciada pelo
vice-presidente e o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) após se
reunirem com oito líderes de partidos aliados na Câmara.
Após reunião no Palácio do Jaburu, ele disse que "não há mais condições
de fazer qualquer consulta antes de outubro". "Não havendo condições
temporais para fazer essa consulta, qualquer reforma que venha, se
aplicará
nas próximas eleições, e não para essa", completou.
"A esta altura, embora fosse desejável, temporalmente é impossível
realizar o plebiscito [para 2014]", havia dito o vice-presidente no
início da tarde.
Mais tarde, porém, disse em nota que exteriorizou uma opinião que não é a
dele. "A minha declaração sobre a realização do plebiscito da reforma
política relatou a opinião de alguns líderes da base governista na
Câmara, em função dos prazos indicados pelo TSE para a consulta
popular."
Temer disse que o governo ainda defende um plebiscito que valha para
2014, "embora reconheça as dificuldades impostas pelo calendário".
"Reafirmo o compromisso deste governo, anunciado pela presidenta Dilma
Rousseff em reunião com todos os governadores e prefeitos de capital,
com uma reforma política que amplie a representatividade das
instituições através de consulta popular. Na reunião de hoje, foi
unânime entre as lideranças dos partidos políticos o apoio a esta tese",
disse.
Depois da reunião com líderes da base, Temer reuniu-se também com o
presidente do Senado, Renan Calheiros, com quem acertou uma reunião na
semana que vem para discutir os termos do projeto de decreto legislativo
que convocará o plebiscito para data ainda a ser definida.
Fonte Folha de São Paulo
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