Novo ministro do Meio Ambiente citou munição de fuzil como ‘solução’ para MST
Foto: Arquivo pessoal |
O advogado Ricardo Salles (Novo), ex-secretário do Meio Ambiente de São Paulo na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), assumirá o comando do Ministério do Meio Ambiente em meio a antigas polêmicas. Além de ser alvo de ação de improbidade administrativa e ser acusado de manipular mapas de obra ambiental do Rio Tietê, nas eleições deste ano, Salles defendeu o uso de munição de fuzil contra a “esquerda” e membros do “MST” (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Derrotado nas urnas na tentativa de se eleger deputado federal em São Paulo, o “santinho” de Salles mostra a imagem de munições de arma de fogo como “solução” para diferentes problemas. Não só o “MST”, mas o líder do Movimento Endireita Brasil indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro defende o extermínio da “praga do javali”.
O futuro ministro do Meio Ambiente estende a sua política de “tolerância zero” contra “roubo de trator, gado”, assim como “contra a bandidagem no campo”. O discurso adotado e o próprio número escolhido para as eleições foram motivos de crítica dentro do próprio partido Novo, que teve João Amoedo como candidato à Presidência.
Em agosto, após repercussão do “santinho” de Ricardo Salles, o Novo utilizou também o Twitter para informar que “não compactua com qualquer insinuação ou apologia à violência”. A legenda disse não aprovar a “mensagem” compartilhada pelo advogado, e que o seu pensamento “diverge” da posição tomada pelo Novo.
O número escolhido por Ricardo não foi por acaso. A munição calibre .30-06 é amplamente utilizada em fuzis ainda hoje. Ela surgiu nas forças armadas americanas na década de 60, durante a Guerra do Vietnã.
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