Dez centrais sindicais se unem em ato do 1º de Maio
Foto: Hélvio Romero/Estadão |
Dez centrais sindicais brasileiras se uniram este ano para um ato unificado em comemoração ao Dia do Trabalho, em 1º de Maio. Entre elas estão CUT e Força Sindical, que estarão juntas nesta data pela primeira vez. O evento será realizado na Praça da República, no centro de São Paulo, e terá shows de vários artistas, mas sem sorteios de brindes.
A escassez de recursos para bancar festas grandiosas desde o fim da contribuição sindical obrigatória, e a oposição ao projeto de reforma da Previdência são temas que têm unido as centrais em protestos desde o início do ano. Empregos e salários também serão abordados nos discursos do ato, previsto para ocorrer das 10h às 18h. “Estamos unidos contra a destruição do sistema de seguridade social”, diz João Cayres, secretário-geral da CUT-SP.
Segundo ele, nos próximos dias será definido o formato do evento e artistas que participarão. No 1.º de Maio de 2018, a CUT e outras seis centrais realizaram conjuntamente um ato em Curitiba (PR) focado no pedido da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso três semanas antes. Neste ano, até a Força Sindical abriu mão de sua tradicional festa na Praça Campo de Bagatelle, zona norte de São Paulo.
O evento sempre contava com diversos cantores mais populares na mídia e sorteio de automóveis, e já chegou a atrair 1 milhão de pessoas. “Desde o começo do ano o movimento sindical amadureceu mais a discussão da necessidade de unidade, de trabalhar em conjunto contra a reforma da Previdência, por empregos e melhores salários”, afirma João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
A UGT fará reunião na segunda-feira para definir adesão ao grupo, mas o presidente da entidade, Ricardo Patah, antecipa que defenderá a participação. O único item do qual a central discorda é o da reforma previdenciária, pois tem uma proposta própria para o tema.
Além das três maiores centrais do País, participarão do ato unificado a CGTB, CSB, CTB, CSP-Conlutas, NCST e Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, além dos movimentos Povo sem Medo e Frente Brasil Popular. As diretorias nacionais das entidades estão orientando suas regionais a também unificarem atos em todos os Estados.
Estadão Conteúdo
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