‘Crime cultural’, afirma major Denice sobre violência doméstica

Foto: Estela Marques/Bahia.ba
Um crime diretamente ligado à cultura e ao machismo. À frente da Ronda Maria da Penha da Polícia Militar há cinco anos, major Denice defende que a violência doméstica e o feminicídio “devem ser ressignificados culturalmente”.

Nesta segunda-feira (9), dia seguinte ao Dia Internacional da Mulher, a oficial comemorou os cinco anos de existência do grupo especializado no combate a agressores e potenciais feminicidas.

De 2015 até aqui, foram 217 prisões – o que Denice resume como “217 feminicídios a menos”. Para ela, a mulher que não procura ajuda pode, sim, estar mais perto da morte. “A gente costuma dizer sempre dentro da corporação que torcemos para que um dia a ronda deixe de ser necessária, que as mulheres se sintam seguras”.

A comandante explica ainda que todos os policiais que integram o grupo são voluntários. “Nós alcançamos um nível de entrosamento quando entramos na casa, conversamos com as assistidas e damos todos os encaminhamentos necessários. Não basta só combater, é preciso prevenir”.

Ao todo, ainda segundo Denice, 6.692 mulheres, em Salvador e 14 municípios do estado, são atendidas pela Maria da Penha e “estão vivas graças a isso”. A previsão é de que outras oito cidades entrem nessa lista.

“Cinco anos que passaram rápido, mas que trouxeram muitos resultados. A Polícia Militar cresceu muito no enfrentamento à violência doméstica, a partir da implantação desse equipamento. É uma das primeiras doações do nosso governo”.

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