Exército defende isolamento e que Estado garanta renda de trabalhadores
Documento 'Crise Covid-19: Estratégias de transição para a normalidade' defende também a testagem em massa
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil |
O Centro de Estudos Estratégicos do Exército (CEEX) defende o isolamento social como estratégia de enfrentamento ao novo coronavírus. O documento ‘Crise Covid-19: Estratégias de transição para a normalidade’, elaborado pelo grupo, defende também a testagem em massa para obter com precisão o número de infectados no país.
As informações são do jornal O Globo. As recomendações do Exército, no entanto, vão na contramão do que tem defendido o presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores.
O presidente defende o isolamento vertical, mantendo afastados do convívio social apenas os grupos de risco, como idosos. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por outro lado, defende o isolamento horizontal como a melhor estratégia de combate ao novo vírus.
“Embora ainda seja cedo para uma avaliação mais conclusiva, observa-se que a adoção precoce de estratégias de isolamento horizontal tem apresentado resultados parciais mais efetivos no achatamento da curva”, argumenta o Exército, que reconhece o “consenso mundial” sobre a estratégia.
Outro ponto do estudo é a necessidade de ampliação do modelo atual de testagem para o novo coronavírus. O argumento é que seja ampliada a capacidade das autoridades brasileiras antes de ser implementado um modelo com menos restrição à circulação das pessoas.
“O que se observa, em termos de boas práticas mundiais, seria a adoção de um modelo de realização massiva de testes rápidos para a identificação tempestiva do maior número de casos e determinação de seu isolamento. Só essa medida parece criar a segurança necessária para a retomada gradual e progressiva das atividades econômicas”, diz o documento.
Impactos na economia
O Exército também admite os impactos econômicos da pandemia, mas propõe que o poder público deve pensar em construir um caminho para amenizar os efeitos da pandemia. A obrigação do Estado deve ser na preservação da renda e dos postos de trabalho.
Essas soluções de transferência de renda devem ser executadas no curto prazo.
“As ações devem priorizar práticas com maior impacto para a manutenção de empregos, assim como para recuperação da capacidade produtiva dos setores estratégicos, visando a estabilidade econômica e social do país”, diz o Exército no documento.
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