Maia defende a criação de uma renda mínima permanente após pandemia
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendeu nesta
quinta-feira (11) a prorrogação do prazo do auxílio emergencial de R$
600, que está em fase de liberação do segundo dos três pagamentos
previstos, e disse ser inevitável a discussão a respeito da criação de
uma renda mínima permanente como maneira de contornar os efeitos da
crise econômica da pandemia, principalmente em relação aos trabalhadores
informais.
Foto: Maryanna Oliveira/Agência Câmara
“Um grupo de parlamentares está analisando os programas do governo já existentes e estamos vendo a melhor maneira de alocar recursos, mas criar uma renda permanente não é tão simples: temos que encontrar uma fonte no Orçamento e essa discussão tem que avançar este ano”, disse ele em entrevista à GloboNews.
Maia mencionou, entre as possíveis fontes de financiamento desses programas, a redução de subsídios tributários, uma “repactuação” das deduções previstas hoje no Imposto de Renda e mudança no uso de recursos previstos hoje para outros fins, como salário de servidores públicos – medida que, segundo ele, teria que ser adotada por todos os Poderes e atingir apenas os salários mais altos.
“Existe muita distorção: 70% das deduções ficam com o andar de cima da sociedade”, disse. Para o presidente da Câmara, o custo de não prorrogar o prazo do auxílio emergencial é muito maior para a sociedade que o custo de prorrogar os pagamentos.
Agência Câmara de Notícias
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