FGV: fim do auxílio emergencial deve deixar 38 milhões sem assistência
"Invisíveis" têm baixa renda, pouca escolaridade e são em sua maioria informais
Foto: Reginaldo Ipê/Tribuna da Bahia |
Previsto para acabar em dezembro deste ano, o fim do auxílio emergencial deve deixar aproximadamente 38 milhões de brasileiros sem nenhuma assistência, depois de serem afetados pela pandemia do novo coronavírus, que provoca a Covid-19.
A perspectiva é da Fundação Getulio Vargas (FGV), cujo estudo apontou que os chamados de “invisíveis” pelo ministro Paulo Guedes (Economia), são em sua maioria pessoas de baixa renda, pouca escolaridade e ocupadas em atividades informais.
Segundo pesquisadores da FGV, os 38 milhões correspondem ao número de pessoas que receberam a primeira parcela do auxílio – de um total de 67 milhões–, mas não estão inscritas no Cadastro Único e, portanto, não vão receber o Bolsa Família quando a transferência emergencial for encerrada.
Eles representam 61% da parcela da população que recebeu o auxílio emergencial. Mais da metade desses trabalhadores (64%) são informais, 74% deles têm renda até R$ 1.254 e são em sua maioria pessoas de baixa escolaridade, com no máximo o ensino fundamental (55%). As informações são da Folha de S.Paulo.
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