Filha de desembargadora diz que mãe é torturada por delação e acusa delegada de persegui-la por ter tido marido demitido
Foto: Facebook |
Com a mãe e o marido presos pela Faroeste, Mariana Santiago, filha da desembargadora Maria do Socorro Santiago, decidiu fazer ontem uma série de posts por meio de suas redes sociais contra a Operação, a Justiça e uma delegada da Polícia Federal, insinuando que a mãe está sendo torturada para fazer delação premiada e garantindo que as jóias e recursos encontrados pelos investigadores em seu poder se justificam por 37 anos de magistratura.
“Eles querem delação torturando as desembargadoras/Que estado democrático de direito é esse?”, questiona numa das primeiras postagens, que compartilha com as demais o mesmo fundo preto a denunciar seu luto e protesto. Num outro, critica o fato de a mãe ter sido presa por ter julgado favoralmente ao borracheiro José Valter Dias, segundo ela, detentor das terras supostamente griladas por decisão transitada em julgado.
Em sua manifestação mais pesada, a filha da desembargadora acusa nominalmente a delegada federal Luciana Matutino Caires, responsável pelo inquérito que levou sua mãe à prisão, de persegui-la porque demitiu seu marido, Igor Caires. “(Ele) foi assessor direto de minha mãe e ela o exonerou do cargo mais alto e por isso o ódio e a perseguuição desenfreada para com a nossa família”, registra Mariana
O marido dela, o advogado Márcio Duarte Miranda, também está preso, mas não é citado nos posts. Ele é apontado pelos investigadores como um dos elos do esquema criminoso que, segundo a Faroeste, seria liderado pela sogra. Considerada a maior operação contra a corrupção já realizada no Judiciário brasileiro, a Faroeste investiga um suposto esquema de grilagem de terras no Oeste por meio de vendas de sentença judiciais.
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