Mutações da Covid-19 identificadas no Brasil, Reino Unido e África do Sul representam ‘alto risco’, diz UE
Foto: Ilustração |
As três mutações do novo coronavírus, descobertas no Reino Unido, Brasil e África do Sul, representam um elevado risco do aumento do número de infecções na Europa que podem causar mais internações e mortes, disse o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) nesta quinta-feira, 21.
Cientistas afirmam que essas mutações são mais transmissíveis e já foram detectadas em diversos países europeus. “Estamos vendo a deterioração epidemiológica em áreas onde já há a transmissão das variantes do Sars-Cov-2”, disse a diretora do centro Andrea Ammon. “O aumento do número de infecções vai levar ao aumento de internações e taxas de mortes em pessoas de todas as idades”.
Ammon disse que todos os membros da União Europeia devem “preparar seus sistemas de saúde para a escalada da demanda”. O Reino Unidos e outros países europeus já fecharam as fronteiras ou estão cogitando adotar a medida para evitar a propagação das variantes mais transmissíveis. Mas a Comissão Europeia afirmou que tais barreiras só prejudicarão seus mercados.
A ECDC alertou para que fossem feitas somente viagens essenciais e insistiram para que os governos acelerassem o ritmo de vacinação contra a Covid-19 para os grupos de risco, como idosos e profissionais da saúde.
Ammon disse ainda que o distanciamento social, a vigilância, o sequenciamento genético, o rastreamento rigoroso e a quarentena são necessários para efetivamente frear a transmissão das novas mutações.
Áustria
O chanceler austríaco, o conservador Sebastian Kurz, pediu coordenação na União Europeia para evitar a transmissão das mutações do coronavírus. “É preciso fazer o possível para evitar que mais mutações, como a do Brasil, entrem na Europa”.
Sobre as fronteiras internas, Kurz afirmou que seu governo favorece normas mais claras para evitar a propagação do vírus. Ele apoia as propostas da Alemanha de controles de fronteiras mais rígidos e testes obrigatórios.
O chanceler reiterou o desejo de pressionar a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para que se aprove rapidamente o uso da vacina de Oxford/AstraZeneca. “Desde 12 de janeiro, a EMA possui todos os dados da AstraZeneca. Na verdade, não há nada mais que se interponha no caminho da aprovação”.
Estadão Conteúdo
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