PP anuncia apoio a Pacheco e amplia força de candidato de Alcolumbre e Bolsonaro no Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado |
Um dia após a definição de Simone Tebet (MDB-MS) como candidata do MDB para a eleição no Senado, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) voltou a aumentar a sua vantagem momentânea na disputa. O PP anunciou nesta quarta-feira (13) que vai apoiar o senador mineiro na eleição de fevereiro.
Pacheco é o candidato do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que vem atuando nas articulações para obter apoio em seu favor. O candidato também é o preferido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que já informou sua opção ao MDB e declarou publicamente ontem que tem “simpatia” por Pacheco.
O PP, que aderiu à candidatura de Pacheco, conta com sete senadores.
“A bancada do Progressistas no Senado Federal, em reunião na manhã desta quarta-feira (13), decidiu apoiar a candidatura do senador Rodrigo Pacheco (DEM/MG) à presidência da Casa nas eleições que se aproximam”, informou nota da liderança da bancada, assinada por Ciro Nogueira (PP-PI).
“Acreditamos que o senador Rodrigo Pacheco se identifica com os anseios progressistas de unificar o Senado Federal em torno de projetos que vão garantir a retomada do crescimento econômico do país pós-pandemia e as reformas de que o Brasil precisa”, completa o texto.
Com a nova adesão, o bloco de apoio a Pacheco agora conta com oito siglas —DEM, PL, PP, PROS, PSC, PSD, PT e Republicanos— que reúnem um total de 39 parlamentares.
Na prática, no entanto, a lista de apoio considera 38 senadores. Isso porque o senador suplente Ney Suassuna (Republicanos – PB) deve se ausentar, com o retorno de Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que se filiou ao MDB ontem.
São necessários 41 votos para ser eleito. Como a votação é secreta, existe a possibilidade de traições.
O fechamento de alianças de uma maneira rápida, para provocar um “efeito manada”, era uma das estratégias de Alcolumbre e Pacheco. Por isso o partido acelerou articulações para obter o máximo de apoio antes da definição do nome do MDB.
O senador mineiro vai enfrentar na disputa Simone Tebet (MDB-MS), que foi anunciada ontem como candidata do MDB, que possui a maior bancada do Senado, com 15 parlamentares.
Existe a expectativa que o apoio à senadora cresça consideravelmente nos próximos dias, com o provável anúncio das bancadas de Podemos, PSDB e Cidadania.
Em um indício do apoio tucano, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) publicou emsuas redes sociais, de maneira independente, que vai apoiar Simone Tebet na eleição no Senado.
“Colegas senadores, vamos eleger Simone Tebet à presidência do Senado. Independência dos poderes e harmonia, sem polarização. Simone representa renovação, seriedade, diálogo, além de valorizar a força da mulher na política”, escreveu a senadora.
Simone Tebet esteve reunida na manhã desta quarta-feira com a bancada do Podemos para defender a sua candidatura. O partido tem Álvaro Dias (Podemos-PR) como um dos seis pré-candidatos do bloco suprapartidário Muda Senado.
No entanto, nos últimos dias, cresceram as chances de que Podemos, PSDB e Cidadania anunciem juntos seu apoio, como uma forma de fortalecimento do bloco partidário informal, independente do Muda Senado.
Os três partidos concentram 19 senadores. O PSL, que também tem um pré-candidato —Major Olímpio (PSL-SP)— também pode aderir ao bloco, com seus dois senadores. Também não definiram ainda seus nomes o PDT (3 senadores), a Rede (2) e o PSB (1).
Renato Machado/Folhapress
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