Vexame: Tribunal de Justiça da Bahia é tema de editorial da Folha por causa da Faroeste
Foto: Divulgação/Arquivo |
Está ali, pelo contrário, registrado em detalhes, o importante trabalho que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, junto com o Superior Tribunal de Justiça, tem realizado no sentido de desvendar um esquema de venda de sentenças judiciais por meio da Operação Faroeste, como ressalta a Folha, a mais importante iniciativa contra a corrupção na Justiça já realizada no país.
Tal crédito, lamentável, não deixa de impor um vexame à mais alta Corte da Justiça baiana, de onde alguns de seus membros que não honram o valor da própria atividade utilizaram da influência e do poder para interferir de forma criminosa numa disputa de terras no Oeste afim de obter ganhos ilícitos e outras benesses, a se confirmarem as denúncias feitas pelo MPF.
O editorial, opinião formal de um veículo de comunicação, se segue a uma reportagem exclusiva publicada na edição de domingo do jornal em torno da figura de um falso cônsul ao qual todo este específico esquema ilícito no Judiciário baiano envolvendo a região parece ligado, ele mesmo preso, junto com a mulher, e quatro desembagadoras – uma das quais em domicílio.
Muito oportunamente, referências são feitas à teia que envolvia o esquema em setores do executivo e a outros magistrados também afastados ou presos. Considerada a Lava Jato baiana, dada a extensão dos tentáculos dos investigados e os valores movimentados pela quadrilha, a Faroeste representa um corte no padrão histórico de impunidade do Judiciário, o mais fechado dos poderes da República.
Era de se esperar que, que antes mesmo de sua conclusão, com a punição devida a todos aqueles considerados culpados, já tivesse sido aberta uma discussão aqui na Bahia, inclusive, com o intuito de melhorar a transparência do Judiciário estadual, sem prejuízo de uma avaliação sincera sobre a ineficiência do Conselho Nacional de Justiça para aperfeiçoar o sistema de Justiça como um todo no país.
Política Livre
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