Pouco uso de palavrões por Bolsonaro reforça tese de que ele sabia que Kajuru divulgaria a conversa
Foto: Dida Sampaio/Estadão |
A suspeita de que Jair Bolsonaro sabia que o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) divulgaria conversa que teve com ele no sábado (10) foi reforçada no STF (Supremo Tribunal Federal) depois que se constatou que, em 6 minutos e 20 segundos de um bate-papo supostamente reservado, o presidente da República não falou palavrões.
Os primeiros trechos da conversa foram divulgados no domingo (11). Só um dia depois Kajuru revelou a integridade do diálogo. E então Bolsonaro apareceu chamando o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) de “bosta”.
Um palavrão apenas, no entanto, foi considerado insuficiente para afastar as suspeitas de que o presidente se controlou porque sabia que a conversa poderia vir a público.
Bolsonaro é conhecido por usar com naturalidade palavras de baixo calão.
A informação de que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) vai acionar o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contra o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) depois que ele divulgou conversa que teve com Jair Bolsonaro também foi vista como um jogo de cena da família do presidente da República: o órgão do parlamento não funciona há quase dois anos.
A última reunião dos 15 senadores que o integram foi no dia 25 de setembro de 2019, quando o colegiado foi instalado —e nunca mais se reuniu.
Mônica Bergamo/Folhapress
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