Cidade oferece recompensa por pistas sobre origem de surto de Covid na China

Profissionais de saúde coletam amostra para teste de Covid-19 em morador do distrito de Aihui, na cidade de Heihe, após novos casos serem registrados na província de Heilongjiang, na China, em 31 de outubro de 2021 — Foto: China Daily via Reuters

Uma cidade na China, na fronteira com a Rússia, está oferecendo quase R$ 90 mil a quem apresentar pistas que ajudem a detectar a origem do mais recente surto local de Covid-19, como parte de uma "guerra popular" contra o coronavírus.

O governo chinês diz ter registrado 43 casos locais nesta terça-feira (9), em 20 províncias e regiões, em um pequeno foco da doença provocado pela variante delta.

Enquanto diversos países flexibilizam as medidas restritivas com o avanço da vacinação, a China mantém sua estratégia de "Covid zero", que confina cidades inteiras e testa milhões de pessoas após o registro de poucos casos.
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Autoridades da cidade de Heihe, na fronteira com a Rússia, vão dar 100 mil yuanes (cerca de US$ 15,5 mil ou quase R$ 90 mil) a quem ajudar com informações.

"Para detectar a fonte deste surto do vírus o mais rápido possível e detectar a cadeia de transmissão é necessário travar uma guerra popular de prevenção epidêmica e controle", diz o governo municipal.

Autoridades locais alertaram que o contrabando, a caça ilegal e a pesca na fronteira devem ser reportados imediatamente e pediram às pessoas que compram produtos importados on-line devem "esterilizá-los imediatamente" e enviá-los para testes.

Heihe é separada da cidade russa Blagovechchensk pelo rio Amur, e o país vizinho é um dos mais afetados pela pandemia atualmente.


Todos os 1,6 milhão de habitantes da cidade foram confinados e estão sendo testados, o transporte público foi suspenso e nenhum veículo pode sair da cidade.

Outros surtos
Criança chinesa é submetida a um teste de Covid-19 em Zhangye, na província de Gansu, em 27 de outubro de 2021 no noroeste da China — Foto: AFP
Um foco de contágio na província central de Henan foi vinculado às escolas, o que levou as autoridades de saúde a pedir uma aceleração da vacinação das crianças.

Até o momento, mais de 3,5 milhões de doses de vacinas foram aplicadas em crianças de 3 a 11 anos.

A agência estatal de notícias Xinhua atacou os críticos da política chinesa de "tolerância zero", afirmando que "as medidas estritas de contenção representam a melhor forma de salvar vidas" e dizendo que os esforços do governo chinês são "inquestionáveis".

Por France Presse
09/11/2021 06h56 Atualizado há 2 horas

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