Bahia tem 19 cidades com comunidades embaixo da água, diz governador
Foto: Prefeitura de Ibicui |
Desde quinta-feira (23), o nível de rios voltou a subir e, nesta sexta (24), problemas como interdições e alagamentos têm sido registrados em diversas cidades.
Há 66 municípios em situação de emergência na Bahia, entre os quais Ilhéus, Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Teixeira de Freitas, Belmonte, Caravelas, Canavieiras, Eunápolis, Itaberaba, Itacaré, Itamaraju, Lajedão, Jucuruçu, Maragogipe e Mucuri, segundo a Sudec (Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado da Bahia).
O total de pessoas desabrigadas ultrapassa 4.000, enquanto mais de 11 mil foram desalojadas. Até aqui, ao menos 17 morreram desde o início das fortes chuvas no estado, no começo do mês.
O governador Rui Costa (PT) afirmou que, por conta da situação, mobilizou todas as forças do estado para atuar no problema, como Bombeiros, polícia e Defesa Civil, e que pediu ajuda a outros estados.
“Já recebi a resposta até esse momento do governador do Maranhão, Flavio Dino [PC do B], está mandando apoio, também do governador do Espírito Santo, o [Renato] Casagrande [PSB], de Minas Gerais, está mandando helicóptero e apoio de pessoal e falei ao telefone com o ministro João Roma [Cidadania]”, disse Costa.
Uma base de apoio foi montada em Ilhéus, com o objetivo de retirar as pessoas de áreas de risco, de casas que possam desabar em cidades no entorno, de acordo com o governador.
“Prestar essa assistência inicial, restabelecendo ligação de água, de energia, tentando fazer ligação em estradas provisórias”, disse Costa.
Aeronaves, camionetes e barcos foram levados à região para prestar socorro às pessoas ilhadas e transportar os moradores para áreas seguras. Cestas básicas e cobertores estão sendo distribuídos.
Na cidade, a previsão indica que pode chover 105 milímetros até este domingo (26), o que agravaria ainda mais a situação.
As fortes chuvas começaram a atingir a região sul da Bahia no último dia 7 e, em Itamaraju, deixaram ao menos três mortos.
A tempestade foi ocasionada por um ciclone subtropical que se formou no oceano Atlântico. As equipes de resgate que atuam no local citam a dificuldade em acessar regiões mais afastadas, devido à destruição de passagens e rodovias, além de alagamento
Marcelo Toledo / Folha de São Paulo
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