Bolsonaro divulga vídeo em que deputado do RN acusa Leão em caso de respiradores
Foto: Reprodução / Twitter |
O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) publicou no Twitter um vídeo em que o presidente da CPI da Covid na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Kelps Lima (SD/RN), diz que o vice-governador da Bahia, João Leão (PP), sabia que havia uma empresa que fabricava respiradores muito mais baratos – R$ 15 mil – mas que, ainda assim, o governo do Estado e o Consórcio Nordeste decidiu fazer um contrato de R$ 48 milhões, pagos antecipadamente junto à empresa Hempcare, por 300 respiradores que nunca chegaram.
“O dono da empresa que ia fabricar o respirador por quinze mil, está lá no depoimento da semana passada, se reuniu com o vice-governador da Bahia [João Leão] antes do fornecimento. O vice-governador da Bahia sabia que ele vendia mais barato. Mas ninguém tirou a HempCare do meio, que era a empresa intermediária, que intermediou a propina”, disse o deputado estadual Kelps Lima, no vídeo divulgado pelo presidente da República. Ao compartilhar o vídeo, Bolsonaro escreveu: “A CPI do Renan/Omar/Randolfe se negou a apurar denúncias de corrupção de governadores. O Presidente da CPI Rio Grande do Norte vem denunciando o esquema do governo da Bahia para desviar recursos da Saúde dos nordestinos”.
Segundo Lima, o Consórcio Nordeste “não fez mais coisas erradas porque essa [compra junto à HempCare] deu errado. Como foi o esquema? Desde quando [o dinheiro] foi arrecadado, foi arrecadado para ser roubado. Eu posso afirmar isso porque eu tenho um lastro de documentos e de depoimentos para fazer isso. Ele já foi arrecadado com o intuito de ser roubado. Foi previamente pensado”, disse o presidente da CPI potiguar.
Ainda segundo deputado estadual, “foi o [então] chefe da casa Civil da Bahia [Bruno Dauster] que pediu à dona da empresa que aumentasse o valor. O primeiro comprador que chega pra o vendedor e diz: ‘não, pode pedir mais caro. […] Os governadores fizeram um pix pro Consórcio Nordeste porque nenhum [deles] leu o contrato, nem fez parecer. Pagaram todo mundo antecipado, sem ler nada. Nem tinha contrato ainda”, disse o deputado estadual do Rio Grande do Norte. Segundo ele, a empresa HempCare foi contratada para intermediar propina: “ela nunca fabricou respirador, nem iria fabricar, só que eles precisavam de uma empresa intermediária pra separar a propina e contrataram outra pra fabricar. Só que essa outra deu um trambique na primeira. E aí o esquema ruiu”, detalhou.
Ele prosseguiu nas revelações: “qual era o grande argumento do governo? Tempos de pandemia, tinha que se comprar emergencial, os preços estavam oscilando. Mentira”. Ele aponta que o argumento foi para facilitar o esquema de corrupção e apontou a Hempcare como “uma empresa que funcionava em um apartamento, que tirou a sua segunda nota fiscal na venda de R$ 48 milhões, sem licitação, com pagamento antecipado. Não podia tirar essa empresa do meio. Ela chegou a fazer depósito, transferência pra conta da pessoa física. A Hempcare transferiu dinheiro pra conta da pessoa física do sócio do irmão do chefe da Casa Civil da Bahia [Bruno Dauster]”, denunciou Kelps Lima.
Confira a postagem de Jair Bolsonaro:
Davi Lemos
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