Lula, Moro e Bolsonaro sobem o tom e polarizam disputa de narrativas com foco em 2022
Três principais concorrentes à Presidência devem intensificar ataques, analisa especialista; ‘terceira via’ deve abraçar desidratação do atual presidente para chegar ao segundo turnoFÁTIMA MEIRA/RODOLFO BUHRER/MATEUS BONOMI/ESTADÃO CONTEÚDO |
Durante live semanal da última quinta-feira, 2, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não poupou críticas ao ex-ministro e pré-candidato à Presidência em 2022, Sergio Moro (Podemos). “Esse cara está mentindo descaradamente. O cara quer ser candidato, é um direito dele, ao invés dele mostrar o que ele fez, ele fica só apontando o dedo para os outros e mentindo. É o caso do Sergio Moro. Saiu a última notícia dele: ‘Bolsonaro comemorou quando Lula foi solto, diz Moro’. Em um vídeo, ele fala: ‘Ouvi dizer’. É um papel de palhaço, é um cara sem caráter”, disparou o chefe do Executivo. Em entrevista à Jovem Pan do Paraná, Sergio Moro lembrou da decisão do Supremo Tribunal Federal de acabar com a previsão de execução da pena após a condenação em segunda instância de Lula. “O presidente não fez nada e, na verdade, o que a gente sabia é que o Planalto, o presidente, comemorou quando o Lula foi solto lá em 2019. Ele entendia que aquilo beneficiava ele literalmente. Ele não trabalhou para manter a execução em segunda instância. Inclusive na época o filho dele publicou no Twitter sobre a execução em segunda instância, e o presidente mandou apagar. Foi um episódio meio constrangedor”, contou Moro.
O presidente Bolsonaro criticou a declaração do ex-juiz. “Ah, o senhor ouvia no Palácio do Planalto que ele comemorou porque era bom politicamente para ele? Está de brincadeira, pô. Está de brincadeira? Mentiroso, deslavado”, rebateu Bolsonaro. A estratégia dos pré-candidatos à Presidência da República, segundo os especialistas, é desestabilizar o concorrente. A partir de agora o que está em jogo é pegar a confiança daquele eleitor indeciso. Também durante uma live, o ex-presidente Lula voltou a criticar o principal concorrente, o presidente Bolsonaro. O alvo foi o fim do programa Bolsa Família. “Bolsonaro é uma anomalia política no Brasil. Sabe o que que é anomalia? Ele não era para existir. O povo brasileiro, pela luta que já fez, não era para ter uma figura grosseira, porque ele é grosso. Ele é grosso. Você acha que eu falo isso com orgulho? Eu não falo, não, porque eu sou um cara que eu só tenho o meu diploma primário e um diploma do Senai. Ele deve ter um diploma de tenente”, apontou Lula.
Por Jovem Pan
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