Dono do tríplex do Guarujá mobilia apartamento para sorteio e diz que ele não é mico
Foto: Nilton Fukuda/Arquivo/Estadão |
O tríplex já tinha camas nos quartos, armários de cozinha, geladeira e micro-ondas. O empresário Fernando Gontijo, que arrematou o imóvel em leilão em 2018, diz que está agora colocando sofás, cadeiras e mesas nos cômodos.
O apartamento está vazio há mais de três anos -e Gontijo gasta cerca de R$ 4.500 por mês com ele entre condomínio, IPTU e manutenção. O empresário nega, no entanto, que tenha adquirido “um mico”.
“É um bem diferenciado, que faz parte da história do Brasil. No futuro, nos livros, sempre teremos o tríplex”, afirma ele.
Por isso, em vez de tentar uma venda simples, ele fará um sorteio, afirma. A prova de que o imóvel é especial, diz, é o fato de mais de 600 mil pessoas terem acessado o site em que ocorrerá o sorteio na semana em que ele foi anunciado pela coluna.
Gontijo diz que encomendou pareceres jurídicos para dar segurança a quem participar do sorteio: como todos os atos do ex-juiz Sergio Moro foram anulados nos processos do tríplex, a determinação dele para que o imóvel fosse a leilão, em 2018, também poderia ficar comprometida.
“O tríplex foi comprado por mim por R$ 2,2 milhões. O dinheiro está depositado até hoje em juízo. O antigo dono [ele estava em nome da empreiteira OAS] pode pedir o levantamento e a devolução do dinheiro”, afirma Gontijo. “Mas o leilão não perdeu a validade”, finaliza.
Em sentença depois anulada no STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-juiz Moro -agora presidenciável pelo Podemos- concordou com a tese dos procuradores da Lava Jato de que o apartamento estava reservado para Lula, que seria seu verdadeiro dono.
O ex-presidente, que é pré-candidato ao Planalto em outubro, sempre desmentiu a acusação de forma enfática.
Mônica Bergamo/Folhapress
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