Joaquim Barbosa diz que está ‘livre, solto’ após desfiliação do PSB
Foto: Felipe Rau/Estadão/Arquivo |
“O partido que poderia me ter nunca se interessou em me lançar candidato”, completou. Barbosa, que esteve à frente dos inquéritos relacionados ao mensalão, chegou a ser cotado à disputa presidencial de 2018, quando teve até 10% das intenções de voto em pesquisas prévias ao pleito daquele ano, superando políticos tradicionais como o tucano Geraldo Alckmin, que tinha entre 7% e 8%. Na ocasião, o presidente do partido, Carlos Siqueira, disse considerar a possibilidade de lançar o nome do jurista na disputa, mas Barbosa decidiu não concorrer por questões “estritamente pessoais”.
Perguntado pela colunista se pretende se candidatar nesta eleição, Barbosa disse se sentir reticente em relação à política e que “a princípio” não pensa em concorrer a cargos eletivos.
Relator do mensalão, esquema de compra de votos, caixa 2 e pagamento de propinas revelado pelo ex-deputado Roberto Jefferson no governo Lula, o também ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) se encontrou com Sérgio Moro em janeiro deste ano. O ex-juiz tentou atrair Barbosa para o Podemos, sem sucesso, na tentativa de criar uma “bancada da Lava Jato”.
Para Barbosa, Moro se precipitou e “saiu muito cedo” da área jurídica. “Está apanhando adoidado”, afirmou.
O ex-ministro do Supremo argumentou ainda que a proposta de uma chapa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin é uma “jogada de mestre”, mas que o PT não pode comemorar antes da hora: “Esse jogo está longe de estar definido, como os analistas estão dizendo. Tem que observar, ver o que vai acontecer ainda. É preciso esperar o começo da campanha de verdade”.
Estadão
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