Líderes do PSB destoam de outras siglas de esquerda e condenam invasão russa
Foto: Dida Sampaio/Estadão/Arquiv |
Segundo Dino, sua defesa da soberania ucraniana é baseada na Constituição brasileira, que consagra a defesa da autodeterminação dos povos. “Se amanhã o Brasil retomar um projeto de política externa independente, como a Unasul [União de Nações Sul-Americanas], então os EUA não vão nos deixar?”. Para o governador, que deve deixar o cargo no início de abril para disputar o Senado, o dilema da esquerda nesse momento é até certo ponto natural.
“De um modo geral, a esquerda fica em muito dúvida, por causa da nossa formação anti-imperialista, mas é em razão dessa formação que devemos sustentar a autodeterminação dos povos”. Na mesma linha, o deputado federal Marcelo Freixo (RJ), que deve ser o candidato do PSB ao governo do Rio de Janeiro, disse em uma rede social que “a violação da soberania da Ucrânia tem que ser condenada por todos nós que defendemos a autodeterminação dos povos e a solução pacífica de conflitos”.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirma que o partido não adotou posição unificada com relação ao conflito, e que suas lideranças são livres para se manifestar. “Nosso símbolo é a pomba da paz, somos contra a guerra”, disse. Segundo ele, a guerra era esperada, dado o crescimento da animosidade entre os dois países nos últimos meses. “A Rússia tem essa visão expansionista, como sabemos. Não somos favoráveis a expansionismo nenhum, porém houve movimentos provocados pelo Ocidente. As duas partes têm culpa”, afirma.
O PSB vem procurando demarcar sua autonomia com relação ao PT, e a possibilidade de formar uma federação entre os partidos parece estar cada vez mais distante.
Fábio Zanini/Folhapress
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