SP vê mortes por Covid darem salto de 45,8% em uma semana
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O estado de São Paulo voltou a registrar aumento de casos, internações e mortes por Covid-19 na 17ª semana epidemiológica de 2022, entre 24 e 30 de abril.
As notificações de pessoas infectadas subiram pela primeira vez desde fevereiro, quando chegaram a uma média diária de 14.542 registros e começaram a despencar.
Elas passaram de uma média diária de 3.628 casos, na semana anterior ao Carnaval, para 3.784 na semana passada —um crescimento de 4,3%.
As internações subiram 10,4%, e passaram de uma média diária de 155 para 177 hospitalizações.
Já é o segundo aumento seguindo: na semana anterior, o aumento de internações tinha sido de 6%.
Há hoje no estado 448 pacientes em UTIs em tratamento da Covid-19, contra 453 na semana anterior.
Já nas enfermarias o número de doentes passou de 785 para 847 no mesmo período.
O salto na média diária de registros de óbitos foi maior, de 45,8% —o segundo aumento depois de uma sequência de quedas.
Foram 32 registros de mortes pela doença, em média, por dia, contra 22 da semana anterior —e 20 da 15ª semana epidemiológica do ano.
Os números são considerados baixos quando comparados à média diária de 272 mortes registrada em meados de fevereiro, durante a explosão de contaminações pela variante ômicron. Mas o aumento está sendo acompanhado com atenção pelas autoridades de saúde do estado.
Os técnicos e profissionais de saúde que acompanham os números acreditam que as curvas ainda vão apresentar alta por algum período, especialmente por causa dos feriados e do aumento da interação social de pessoas durante o Carnaval.
Eles ainda avaliam, no entanto, que a epidemia pode seguir sobre relativo controle, já que a maior parte da população do estado está vacinada —e um contingente muito grande também já foi infectado, mantendo a imunidade alta contra o coronavírus por pelo menos alguns meses.
De todos os índices, o de internações é o mais confiável para informar a tendência da epidemia, já que as hospitalizações são comunicadas imediatamente ao sistema de registros estatal.
Já os casos podem estar subnotificados, pois pessoas assintomáticas não fazem exames e muitas vezes sequer desconfiam que estão contaminadas.
Os registros de mortes, por sua vez, muitas vezes são feitos dias depois da ocorrência do óbito, e não refletem de forma imediata o que está acontecendo no dia a dia dos hospitais.
Mônica Bergamo/Folhapress
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