Casos de varíola dos macacos nas Américas chegam a 5,3 mil


A vice-diretora da Opas, Mary Lou Valdez, disse em entrevista coletiva que quase todos os casos continuam sendo relatados entre homens que fazem sexo com homens, entre 25 e 45 anos, mas alertou que qualquer pessoa pode contrair a doença, independentemente de seu gênero ou orientação sexual.
Nenhuma morte por varíola dos macacos foi relatada na região até o momento.
No fim da semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de varíola dos macacos uma emergência de saúde global, nível mais alto de alerta, com mais de 18 mil casos relatados globalmente.
O diretor-assistente interino da Opas, Marcos Espinal, disse que cerca de 10 países nas Américas já disseram que estavam interessados em comprar uma vacina contra a varíola, mas não revelou quais foram.
A Opas também divulgou que está "bem avançada" nas negociações com um produtor para comprar vacinas de terceira geração contra a doença e que espera que algum suprimento chegue ainda este ano, embora em quantidades limitadas.
"Nós achamos que teremos vacinas este ano", disse Espinal.
Mesmo assim, o chefe da unidade de gestão de riscos infecciosos da organização, Andrea Vicari, disse que o risco de varíola dos macacos para a população em geral permanece "muito baixo", e que uma campanha de vacinação em massa não é recomendada no momento.
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