O 2 de Julho mais concorrido politicamente da década e as especulações sobre o Lula-Neto.
O politicamente mais concorrido 2 de Julho de que se tem notícia na década ocorre amanhã pelas ruas do Centro de Salvador sob a especulação de que ainda não foi descartada uma aliança velada para as eleições de Outubro entre os grupos do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, candidato do União Brasil ao governo da Bahia, e do presidenciável Luis Inácio Lula da Silva, cujo partido apresentou à sucessão estadual o nome do petista Jerônimo Rodrigues.
Aliados do ex-prefeito de Salvador continuam garantindo que não cessam as propostas do grupo de Lula para uma acordo pelo qual o petista, hoje favorito à Presidência segundo as pesquisas, tenha dois palanques no Estado – o representado pelo candidato de seu partido e aquele liderado pelo próprio Neto. Segundo eles, a proposta só não tem ido à frente porque os correlegionários do ex-prefeito fazem uma outra exigência.
Para concretizar o plano, o ex-presidente teria que se contentar com um palanque único no Estado, comandado pelo candidato a governador do UB. Trata-se de uma precaução dos netistas, que temem ver uma repetição do que ocorreu em 2010, quando o governador Jaques Wagner disputava a reeleição e Lula prometeu apoiar também a candidatura do seu ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) para o PT não perder votos na Bahia.
Mas como a presidenciável Dilma Rousseff (PT) disparou na preferência popular, o ex-presidente acabou priorizando Wagner e se esquecendo de Geddel, que foi fragorosamente derrotado pelo petista no Estado. Pelo partido do ex-presidente, as tratativas sobre um possível entendimento entre os grupos de Neto e de Lula são conduzidas pelo ex-prefeito Fernando Haddad, hoje favorito ao governo de São Paulo.
Ele vem conversando regularmente não apenas com deputados ligados ao ex-prefeito como com o próprio Neto, que evita, no entanto, dar gás às especulações sobre os contatos. A Haddad, inclusive, eles atribuem a influência para que, em entrevista hoje à rádio Metrópole, Lula tenha confirmado que apoia o partidário Jerônimo Rodrigues, mas também lembrado que nunca olhou a posição ideológica do governador quando era presidente da República.
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