Lula no JN: 'A corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada'; trecho
Em entrevista ao Jornal Nacional, nesta quinta-feira (25), o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi perguntado sobre corrupção e sobre a anulação de processos contra ele pelo Supremo Tribunal Federal. Assista ao vídeo acima.
"Durante cinco anos eu fui massacrado e estou tendo hoje a primeira oportunidade de poder falar disso abertamente ao vivo com o povo brasileiro. Primeiro: a corrupção, ela só aparece quando você permite que ela seja investigada."
O ex-presidente também falou sobre o Mensalão e a Lava Jato.
"Em 2005, quando surgiu a questão do Mensalão, eu cheguei e disse o seguinte: 'só existe uma de alguém não ser investigado nesse país: é não cometer erro'. Se cometer erro, vai ser investigado. E foi isso que nós fizemos. Se alguém comete um erro, alguém comete um delito, investiga-se, apura, julga, condena ou absolve e tá resolvido o problema. O que foi o equívoco da Lava Jato? É que a Lava Jato enveredou para um caminho político delicado. A Lava Jato ultrapassou o limite da investigação e entrou no limite da política. E o objetivo era o Lula. O objetivo era tentar condenar o Lula."
"Não sei se você está lembrado, no primeiro depoimento que eu fui dar ao Moro, eu falei 'Moro, você está condenado a me condenar porque você já permitiu que a mentira foi longe demais."
"Qualquer, qualquer hipótese de alguém cometer qualquer crime, por menor ou por maior que seja, essa pessoa será investigada, essa pessoa será julgada e essa pessoa será punida ou absolvida. É assim que você combate a corrupção num país."
Lula aparece em primeiro lugar nas intenções de voto no primeiro turno com 47%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada em 18 de agosto. O levantamento aponta que na sequência vem presidente Jair Bolsonaro (PL), com 32%, seguido por Ciro Gomes (PDT), com 7%.
O petista também falou sobre a escolha do procurador-geral da República.
"Eu poderia ter escolhido um Procurador engavetador. Sabe aquele amigo que você escolhe e que nenhum processo vai pra frente? Eu poderia ter feito isso e não fiz. Eu escolhi da lista tríplice. Eu poderia ter impedido que a Polícia Federal tivesse um delegado que eu pudesse controlá-lo. Não fiz. E permiti que as coisas efetivamente acontecessem do jeito que precisava acontecer." G1
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