Brasil se abstém de condenar anexação de parte da Ucrânia à Rússia
O Brasil se absteve de votar uma resolução na ONU nesta sexta (30) para condenar a anexação de quatro regiões da Ucrânia à Rússia.
A incorporação dos territórios ucranianos ao domínio de Moscou foi formalizada pelo presidente Vladimir Putin também nesta sexta, em um movimento que gerou reação internacional de uma série de lideranças ocidentais e motivou a convocação da reunião do Conselho de Segurança da ONU —o colegiado mais importante da entidade.
Ao se abster da votação, o Brasil reforça sua posição de alegada neutralidade na guerra —o que já gerou críticas do presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, ao governo de Jair Bolsonaro.
A resolução condenando a empreitada de Moscou foi apresentada por Estados Unidos e Albânia ao colegiado, mas fracassou após o veto da Rússia —um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança.
O país foi o único a votar contra. Ao todo, dez nações, como EUA e Reino Unido, votaram a favor. Além do Brasil, abstiveram-se China e Índia —que também compõem o Brics e vêm se aproximando mais de Moscou desde o início da guerra—, e Gabão.
Na semana passada, um dia após Putin ameaçar usar armas nucleares contra o Ocidente, o chanceler do Brasil, Carlos França, reiterou a posição brasileira de neutralidade ao pedir respeito ao direito internacional “por todas as partes” do conflito.
O mesmo direito internacional é a base segundo a qual os referendos conduzidos pela Rússia em territórios ocupados são considerados ilegítimos pela comunidade internacional.
Folhapress
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