Augusto Nunes é afastado temporariamente de programa da Jovem Pan
O apresentador Augusto Nunes foi afastado temporariamente do programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan.
A decisão da emissora ocorreu após o descumprimento de determinação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Hoje, pressionada pelo TSE e por Lula, a direção de jornalismo da Jovem Pan dispensou-me dos Pingos até segunda que vem. Continuarei dizendo o que penso na Oeste”, afirmou o apresentador na rede social.
Nunes escreveu ainda que “autorizado pelo vídeo em que o TSE negou a existência de censura da Jovem Pan, reafirmei no programa de ontem 4 expressões proibidas: ladrão, ex-presidiário, descondenado e amigo de ditadores”.
Procurada pela reportagem, a Jovem Pan afirmou que “em cumprimento a decisão judicial que nos impõe restrições, como é de amplo conhecimento, a Jovem Pan alterou provisoriamente a bancada do programa”.
A reportagem também procurou Augusto Nunes, mas não recebeu resposta até a publicação deste texto.
Os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concederam direitos de resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que devem ser veiculados em canais da Jovem Pan.
O julgamento foi feito em sessão virtual da corte e terminou na segunda-feira (17). Os ministros aprovaram por 4 votos a 3 os recursos apresentados pela campanha de Lula para permitir que o petista rebata afirmações de que ele mente, não foi “inocentado” e que irá perseguir cristãos.
TSE determinou que os comentaristas da emissora não devem reproduzir as mesmas críticas contra Lula, sob pena de multa de R$ 25 mil “por reiteração ou manutenção da conduta nos citados meios de comunicação”.
Nas redes sociais, após a decisão, circulou um vídeo falso dizendo haver um censor do TSE durante a gravação de um programa da Jovem Pan.
O conteúdo de desinformação mostra a gravação de uma tela em que é transmitido o “Pânico” de terça-feira (19), com um homem em pé rondando os apresentadores, que estão sentados.
A cena do suposto fiscal, segundo a Jovem Pan, foi um protesto “contra a censura sofrida” pelo veículo. “É um programa de humor que usa de tais instrumentos para manifestar sua posição crítica”.
“O homem que aparece nos estúdios da Jovem Pan não trabalha no Tribunal Superior Eleitoral e nos Tribunais Regionais Eleitorais. Também não é verdade que o trabalho executado pela emissora foi ‘censurado’ ou que a Justiça Eleitoral tenha enviado qualquer profissional para controlar os conteúdos divulgados pelo veículo de comunicação”, disse o TSE.
Tayguara Ribeiro/Folhapress
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