Bolsonaro recebe apoio de políticos de extrema direita

Entre os nomes que externaram apoio ao atual presidente está o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, além de parlamentares de países como Portugal, Espanha e Argentina. Filho de Trump também mandou mensagem.
Na véspera da eleição e em desvantagem nas pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu neste sábado (01/10) o apoio de políticos de extrema-direita de diferentes países, entre eles do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.

"Conheci muitos líderes, mas vi poucos tão excepcionais quanto o presidente Bolsonaro. Foi uma grande honra ter visto e aprendido como ele reduziu impostos, estabilizou a economia, reduziu a criminalidade e preparou o Brasil para um futuro brilhante", disse Orbán sobre Bolsonaro.

O húngaro também afirmou que, apesar da pressão da esquerda e da globalização, Bolsonaro foi "corajoso" em colocar Deus acima de tudo no Brasil.

Orbán, que governa a Hungria desde 2010, foi um dos poucos líderes europeus que compareceu na posse de Bolsonaro, em janeiro de 2019. Recentemente, membros do Parlamento Europeu votaram pela condenação da Hungria por seu resvalo para o autoritarismo. Para os eurodeputados, o país deveria perder o status de democracia plena, passando a ser considerado um "regime híbrido de autocracia eleitoral".

Em setembro, a Comissão Europeia propôs a suspensão de 65% dos fundos comunitários à Hungria por alegações de corrupção e violações do Estado de Direito por parte do governo de Orbán.

Apoio de parlamentares

Bolsonaro também recebeu apoio de políticos da Europa e da América do Sul e compartilhou alguns vídeos em suas redes sociais.

Em um deles, o deputado português André Ventura, presidente do partido populista de direita Chega, diz que "em Portugal não temos dúvidas: Jair Bolsonaro é o melhor presidente para os brasileiros".

"O regresso de Lula da Silva é uma tragédia para os brasileiros, para a América Latina e para os países de língua portuguesa", afirma o parlamentar.

Outro vídeo compartilhado por Bolsonaro foi do deputado espanhol Santiago Abascal, presidente do partido de extrema-direita Vox.

"Da Espanha, quero enviar todo o meu apoio ao presidente Bolsonaro, que neste domingo lidera a alternativa dos patriotas, a de nós que queremos nações livres, prósperas e soberanas, contra o comunismo e o globalismo. Avante Brasil e avante Bolsonaro", afirma Abascal.

O deputado argentino Javier Milei, principal nome da direita libertária na Argentina, disse que a liberdade do Brasil está em jogo nessas eleições. "É por isso que apoio fortemente Jair Bolsonaro contra a esquerda radical", afirmou.

Na mesma linha, Bolsonaro recebeu o apoio do ultradireitista chileno José Antonio Kast, do Partido Republicano, que perdeu a disputa pela presidência do Chile para Gabriel Boric.

"Neste domingo, o Brasil joga pela liberdade. Tem sido anos de maior progresso e segurança. Do Chile, desejamos todo o êxito para o presidente Jair Bolsonaro para que derrote mais uma vez a esquerda radical", disse Kast no vídeo.

Trump Jr. grava vídeo

Embora não tenha vindo diretamente de um político, outro vídeo empolgou a equipe do atual presidente brasileiro: o de Donald Trump Jr, filho do ex-presidente americano Donald Trump.

"O presidente Bolsonaro, o presidente de vocês, é um grande amigo dos Estados Unidos e a única pessoa que pode parar a disseminação do socialismo e do comunismo na América do Sul", destacou, em um vídeo de 13 segundos.

Anteriormente, o ex-presidente republicado já havia manifestado apoio a Bolsonaro.

"O presidente Jair Bolsonaro ama o Brasil acima de todas as coisas. Ele é um homem maravilhoso e tem meu apoio total e completo", escreveu Donald Trump em setembro em uma rede social.

Na quinta-feira, líderes de vários espectros políticos da Europa haviam externado apoio a Luiz Inácio Lula da Silva, em uma carta. Entre os signatários estavam o ex-presidente da França François Hollande e o ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Zapatero.

"Quando a democracia está em perigo, é preciso juntar os divergentes para vencer os antagônicos. É por isso que nós, ex-chefes de Estado e de Governo de diversas tendências políticas, apoiamos a candidatura do ex-presidente Lula à Presidência da República", diz o texto.
 (Lusa, ots)

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