União Brasil libera diretórios estaduais para apoiar Lula ou Bolsonaro no 2º turno
A Executiva do União Brasil anunciou na noite desta quarta-feira (5) que liberará seus filiados e diretórios para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, em meio a divergências de encontrar consenso em torno de um dos nomes dentro do partido.
O anúncio foi feito pelo presidente do União Brasil, Luciano Bivar.
“Em respeito à democracia intrapartidária, a direção decide liberar os diretórios e filiados para que sigam seus caminhos no segundo turno das eleições presidenciais e estaduais”, disse.
Sobre se tinha posição pessoal, Bivar afirmou não poder expressar seu posicionamento.
A decisão de liberar os filiados ocorre em um cenário em que alguns integrantes do partido já declararam voto para Lula ou Bolsonaro. A maioria dos diretórios apoiará Bolsonaro, dizem dirigentes. Mas o endosso esbarra tanto em Bivar como em ACM Neto, candidato ao Governo da Bahia.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), por exemplo, vai ao Palácio do Planalto na quinta-feira (6) se encontrar com Bolsonaro para declarar seu apoio. Questionado se compareceria a Brasília para o encontro, disse: “Sim, com todo o partido União Brasil e deputados”.
Bolsonaro está numa maratona de anúncios de apoios políticos. Entre terça e quarta-feira, ele recebeu apoio oficial de Claudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (Novo-MG) e Rodrigo Garcia (PSDB-SP).
Cobiçados tanto por Bolsonaro como pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dirigentes do partido divergem sobre o rumo a seguir no segundo turno.
A maioria dos estados —segundo líderes do partido— tende a apoiar Bolsonaro, mas o respaldo ao chefe do Executivo esbarra em duas figuras-chave do partido: Luciano Bivar, que preside o União Brasil, e ACM Neto, secretário-geral.
De acordo com aliados, Bivar gostaria de declarar apoio a Lula, mas não tem condições políticas de fazer uma articulação interna que leve a sigla para esse caminho.
Outros integrantes do União, como Mauro Mendes, governador reeleito de Mato Grosso, queriam empurrar a legenda para o campo de Bolsonaro.
Nesta eleição, o União Brasil elegeu 59 deputados, a terceira maior bancada da Câmara. O partido teve ainda uma candidata ao Planalto, Soraya Thronicke, que recebeu 0,51% dos votos.
Julia Chaib/Danielle Brant/Folhapress
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente esta matéria.