Aliados defendem Bolsonaro fora das eleições de 2026 e já apostam em Tarcísio presidente
O destino de Jair Bolsonaro (PL) depois que deixar o cargo já está sendo discutido por aliados de seu núcleo mais próximo, inclusive entre ministros, acionistas de empresas de comunicação e líderes religiosos. Muitos deles defendem que o presidente não seja candidato à sucessão de Lula (PT) em 2026, abrindo espaço para outros nomes de direita.
O plano é convencê-lo a se transformar numa espécie de “Fernando Henrique Cardoso da direita”, ou “um estadista” que tem prestígio e o poder de influenciar a escolha de candidatos de seu campo político –mas sem entrar na disputa eleitoral. A diferença é que Bolsonaro é hoje muito mais popular do que FHC era quando deixou o governo, em 2002.
Seria preciso, portanto, convencer o presidente a vestir o figurino de grande liderança que abre mão de disputar votos nas urnas, mesmo tendo grande chance de vencer.
O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), emerge como a grande aposta desses aliados, caso faça uma boa administração e complete o mandato com aprovação alta entre os paulistas.
Tarcísio conseguiria representar a direita de forma civilizada, desmilitarizada, ampla e menos radical que Bolsonaro.
Há uma certeza, entre os apoiadores do presidente, de que ele próprio cavou sua derrota ao defender bandeiras extremadas como o armamento da população.
De acordo com o Datafolha, 72% dos brasileiros rejeitam a afirmação de que “a sociedade seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência”. Entre as mulheres, o rechaço chega a 78%.
Discursos golpistas, ameaças à democracia e o embate com instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) também teriam espantado eleitores de direita moderados, na opinião de apoiadores do próprio presidente.
As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo
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