Comentarista da Globo é acusada de machismo contra Janja: 'deveria se limitar ao quarto do casal'
A jornalista Eliane Cantanhêde, comentarista de política da GloboNews, se envolveu em uma polêmica após condenar a participação ativa de Janja da Silva, mulher do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na transição de governo.
A declaração ocorreu durante o programa Em Pauta, na noite da última sexta-feira (11). "Ela não é política", disse. Na ocasião, a jornalista disse que o fato "sempre dava confusão", e comentou que a mulher do presidente deveria se limitar a ter voz apenas no quarto do casal.
Na avaliação da jornalista, Ruth Cardoso (1930-2008), mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, foi um bom exemplo. Ela ainda citou as mulheres de generais da Ditadura Militar (1964-1985) e Rosane Collor, mulher de Fernando Collor durante o seu mandato (1990-1992) e que se divorciou dele pouco depois.
"Um bom exemplo de primeira-dama era dona Ruth Cardoso, que era bastante discreta, mas era professora universitária. E tinha brilho próprio assim como Janja. Mas ela não dava palpite nas decisões do governo. Tinha era poder, a quatro chaves, dentro do quarto do casal. Daqui a pouco ela começa a dar palpite e diz quem é que precisa ser ministro e tudo mais. Ela não tem que dar palpite. Isso dá confusão. Isso não é bom", afirmou a comentarista.
Ao falar de Rosane, Eliane Cantanhêde afirmou que ela era acusada de fazer "coisas religiosas meio estranhas". Na época, Rosane era praticante do candomblé, religião de matriz africana. O comentário da jornalista, considerado machista, causou reações.
Com a polêmica, a comunicadora se manifestou: "Eu não disse isso!!! Elogiei a @JanjaLula e distingui relação pessoal de função pública"
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