Festa de líder do MST em Brasília tem ministeriáveis, frango à passarinho e ‘cerveja de esquerda’
Foto: Arquivo pessoal |
“Você chegava numa mesa e dizia: ‘Boa noite, ministro’. E todos se viravam”, brinca João Paulo Rodrigues, citando uma piada recorrente durante o processo de transição de governo. O próprio líder do MST é cotado para ocupar a Secretaria-Geral da Presidência.
Inicialmente organizado para 20 pessoas, o evento acabou reunindo mais de 150 convidados no bar Encontro à Mineira, na Asa Norte, segundo o dirigente. No cardápio, havia frango à passarinho, caldos e cerveja.
“Mas cerveja da esquerda, Heineken”, destaca Rodrigues. “É a única que não utiliza transgênico e é, de fato, de trigo. A esquerda um pouco mais politizada toma Heineken”, brinca.
Entre os convidados havia nomes como o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), o deputado estadual Emidio de Souza (PT-SP), o advogado e coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, o professor de direito constitucional Lenio Streck, o deputado estadual Edegar Pretto (PT-RS) e o deputado federal Valmir Assunção (PT) —estes dois últimos, também cotados para a Secretaria-Geral da Presidência.
Muitos dos que compareceram haviam se encontrado mais cedo na cerimônia de diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou no convescote organizado na casa do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, para celebrar a solenidade.
“Brinquei com o Lula que ele marcou a diplomação para o dia do meu aniversário”, afirma Rodrigues, que se reuniu com o petista antes da diplomação na corte eleitoral.
Sobre ser cotado para a Secretaria-Geral da Presidência, João Paulo Rodrigues afirma que o MST não pleiteou nenhuma vaga junto ao governo eleito, mas que seu nome acabou sendo lembrado. “Toda hora aparece uma lista de nomes”, contemporiza.
“Tem duas pastas que estão pendentes, a do Ministério do Desenvolvimento Agrário e a da Secretaria-Geral da Presidência. Ambas têm relação com o movimento popular mais radicalizado. Acertar nos nomes é parte importante para a reorganização do Palácio do Planalto”, finaliza.
Mônica Bergamo/Folhapress
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