Lula embarca para passar Natal em São Paulo e leva Tebet no avião
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou na tarde desta sexta-feira (23) para São Paulo, onde passará o Natal com sua família. O futuro mandatário estava acompanhado da senadora Simone Tebet (MDB-MS).
De acordo com petistas, ele não terá agenda política e retorna para Brasília na segunda-feira (26).
A viagem ocorre após uma sequência de reuniões do petista nesta manhã, em que tenta desatar o nó com as aliadas Simone e Marina Silva (Rede). Ele esteve primeiro com a emedebista, em seguida com a ex-ministra do Meio Ambiente.
As duas tiveram importante participação na campanha do petista, em especial no segundo mandato.
Após o primeiro encontro desta sexta-feira, o destino da ex-presidenciável seguia indefinido. O diálogo de Lula e Tebet, segundo aliados da emedebista, durou cerca de uma hora.
No encontro, o presidente colocou sobre a mesa algumas soluções que poderiam contemplar a senadora na sua equipe.
O petista citou o Ministério do Meio Ambiente, Turismo e até mesmo Cidades —pasta que já foi reservada ao MDB, mas está prometida a uma indicação da bancada da Câmara.
Uma ala do partido quer que o deputado José Priante (MDB-PA) assuma. Outra, ligada ao governador do Pará, Helder Barbalho, defende Jader Barbalho Filho.
O plano A dos petistas para Tebet é o Meio Ambiente, mas para isso, Lula precisa resolver a situação de Marina.
Aliados de Lula articulam para que ela ocupe o cargo de autoridade climática, com status de ministério ligado à Presidência da República. Marina resiste à ideia.
No grupo de trabalho da transição, não houve consenso sobre a medida. Integrantes da Rede defendiam a criação do cargo, mas sob o Meio Ambiente. Outros, que ficassem no Planalto.
Tebet, por sua vez, tem recebido pressões não só de membros do PT como de outros partidos para aceitar a função.
A aliados a emedebista disse que, se houver uma conformação no governo que agrade Marina, ela aceitaria assumir o Meio Ambiente.
A pasta preferencial da senadora era o Ministério do Desenvolvimento Social, que acabou com o ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT).
Carolina Moraes/Marianna Holanda/Folhapress
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