Número de mortos em atos no Peru chega a 58 após primeira vítima em Lima
Inicialmente concentradas no sul, manifestações contra governo Dina ganharam força na capital nos últimos dias |
Inicialmente concentradas em regiões formadas por comunidades rurais mais pobres no sul do país, onde o apoio a Castillo é maior, as manifestações ganharam força na capital nas últimas semanas com a chegada de centenas de pessoas em caravanas para os atos que foram apelidados de “Tomada de Lima”.
Foram registrados neste sábado (28) protestos e casos de violência em Lima e na região de Cusco. Na capital, a morte de Victor Yacsavilca, 55, aumentou para 58 o número de vítimas em todo o país em decorrência das manifestações começaram há dois meses. Sem entrar em detalhes, uma agência nacional de seguros de saúde informou que o homem sofreu um grave ferimento na cabeça.
Testemunhas relatam que manifestantes chutaram e empurraram o gradil próximo ao Congresso de Lima. Depois, eles usaram escudos improvisados e atiraram pedras em direção aos policiais, que dispararam balas de borracha e bombas de efeito moral.
A Defensoria do Povo, órgão responsável por garantir direitos constitucionais da população peruana, lamentou a morte de Yacsavilca. Durante a semana, Boluarte havia declarado que os grupos por trás dos protestas violentos buscavam mortes em Lima. “Dizem que uma morte em Lima vale por cem na província”, disse na última terça (24).
No sábado, a presidente lamentar a decisão em rejeitar a antecipação das eleições gerais para outubro deste ano, algo que poderia arrefecer a onda de protestos. Há pouco mais de mês, o Congresso aprovou em primeira votação a antecipação das eleições de 2026 para abril de 2024, mas a medida ainda não foi confirmada pelo Parlamento e tampouco se mostrou suficiente para acalmar os manifestantes.
Após a destituição de Castillo, a então vice Dina Boluarte assumiu a Presidência. Mas, segundo uma pesquisa recente do Instituto de Estudos Peruanos, 71% dos peruanos reprovam o seu governo.
Folha de S. Paulo
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