Adolescente com suástica no braço é detido após ataque a bombas a escola de Monte Mor (SP)

Uma escola pública em Monte Mor (a 120 km de São Paulo) foi alvo de um ataque a bombas na manhã desta segunda (13). Um adolescente apontado como autor do crime foi apreendido pela polícia —a idade dele não foi divulgada. Não houve feridos.

A motivação do crime está sendo investigada. Com uma suástica, símbolo nazista, no braço esquerdo, o jovem chegou por volta das 8h35 à escola estadual Professor Antônio Sproesser, no Jardim Fortuna, com roupas pretas e portando uma espécie de machadinha nas mãos.

Imagens obtidas pela polícia mostram o rapaz retirando explosivos do carro em que estava e os arremessando na escola. O jovem atirou duas bombas caseiras do tipo coquetel molotov, feitas com garrafas plásticas e combustível, contra a fachada do estabelecimento de ensino. Não houve danos significativos ao prédio.

O adolescente, que não conseguiu entrar na escola, foi detido pela GCM (Guarda Civil Municipal) e pela Polícia Militar. Os agentes foram acionados por vizinhos que flagraram o jovem com os artefatos nas mãos. Outros artefatos do tipo foram achados no local, assim como isqueiros.

O Corpo de Bombeiros também foi mobilizado na ação. Estudantes e funcionários foram liberados, e a escola foi fechada para perícia.

Em nota, a Prefeitura de Monte Mor informou que o caso é um “fato isolado” e que vai reforçar a segurança em outras escolas da cidade.

“A Secretaria de Segurança, por meio da GCM, também está reforçando a segurança em todas as outras escolas municipais de Monte Mor. A prefeitura também reforça seu repúdio a todo e qualquer ato de violência e tranquiliza a todas as famílias que possuem alunos na rede municipal de ensino”, diz a administração.

Em novembro, em Aracruz (ES), um adolescente com uma suástica no braço invadiu duas escolas, matou quatro pessoas e feriu outras 13 a tiros.

Nos últimos meses, suásticas foram pichadas em muros da USP e da Unifesp. Em Valinhos (SP), alunos do tradicional colégio Porto Seguro se denominaram neonazistas em um grupo de WhatsApp.

Em uma escola pública de Santa Catarina, um professor elogiou Adolf Hitler.

Além disso, ao menos dois alunos, um do colégio Amadeus, em Aracaju (SE), e outro do Cotiguara, em Presidente Prudente (SP), fantasiaram-se do ditador em evento escolar.

Em junho, um aluno da escola Avenues, na capital paulista, citou uma frase do líder nazista no anuário escolar.

Marcelo Toledo, Folhapress

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente esta matéria.