Magistrados expressam alívio com eleição de Rodrigo Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
Entre ministros de tribunais superiores, a sensação com a vitória de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a presidência do Senado foi de alívio. Cabe ao presidente desta casa do Legislativo analisar pedidos de impeachment contra magistrados.

Por mais que Rogério Marinho (PL-RN) viesse afirmando nos bastidores que não encamparia uma tentativa de destituir ministros, mesmo entre os parlamentares a percepção era de que ele acabaria sendo pressionado por senadores mais de extrema-direita que o apoiaram. Pacheco teve no último biênio uma postura mais conciliadora com o Judiciário.

Não passou despercebido, no entanto, que a votação Marinho foi expressiva e o suficiente, por exemplo, para protocolar pedido de abertura de CPI. Entendimento do próprio STF (Supremo Tribunal Federal) em um despacho do ministro Luís Roberto Barroso permite que os colegiados sejam abertos sem o escrutínio político do presidente da Casa, desde que haja o número mínimo de apoios e fato determinado.

Pacheco derrotou o ex-ministro de Bolsonaro e foi reeleito nesta quarta-feira (1º) para mais dois anos de mandato. O vencedor obteve 49 votos ante 32 do adversário.

O presidente do Senado contou com o apoio dos partidos que estão na base de Lula e conseguiu barrar traições com a negociação de espaços em comissões, na Mesa Diretora e em cargos de segundo e terceiro escalão do governo federal.

Juliana Braga/Folhapress

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