Otto Alencar defende processo no Conselho de Ética contra Do Val

O senador Otto Alencar (PSD-BA) defendeu nesta quinta-feira (2) que seja aberto um processo no Conselho de Ética contra Marcos do Val (Podemos-ES) para apurar sua participação em suposta tentativa de golpe com conhecimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A revista Veja publicou que Do Val teria participado de uma reunião no Palácio da Alvorada com Bolsonaro e com o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), na qual ambos teriam-no convidado para participar de um plano golpista. A ideia era gravar escondido o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes com o objetivo arrancar alguma declaração que abrisse caminho para anular as eleições de 2022.

“É preciso que dê em alguma coisa. Eu defendo que se abra imediatamente um procedimento no Conselho de Ética. Ele precisa se explicar”, sustenta Alencar.

O senador diz ainda que Do Val já se envolveu em outros episódios desabonadores com outros parlamentares e que “não deve estar bem”. Alencar conta que, durante a CPI da Covid, o capixaba gravou escondido um ligação de ambos na qual ele falava sobre cloroquina. Depois, editou o áudio para parecer que o colega defendia o uso do tratamento sem comprovação científica.

“Eu liguei para ele depois e disse: ‘não sei porque você fez isso, mas eu perdoo'”, relata.

O Conselho de Ética permaneceu praticamente parado durante o primeiro biênio de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no comando do Senado, assim como outras comissões que foram paralisadas em função da pandemia. Durante sua campanha para a reeleição, Pacheco afirmou que ele voltaria a funcionar normalmente, como as demais.

Elas ainda serão instaladas e seus titulares escolhidos. Pelos acordos costurados até o momento, o Conselho de Ética deve ser presidido por Jayme Campos (União-MT). Otto Alencar deve ser um dos integrantes dentro da tentativa de Pacheco de que sejam indicados parlamentares mais velhos e experientes. Também devem fazer parte Davi Alcolumbre (União-AP) e Omar Aziz (PSD-AM).

Juliana Braga, Folhapress

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente esta matéria.