Ex-ministro de Bolsonaro, senador Rogério Marinho chora por presos do 8/1 e é consolado por seu pai

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso se tornou um dos alvos preferenciais da audiência pública realizada no Senado nesta quinta-feira (13) para discutir a prisão dos envolvidos nos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro.

Requerida pelos senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Jorge Seif (PL-SC), a reunião congrega, nesta tarde, nomes do bolsonarismo como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Damares Alves (Republicanos-DF). Durante suas falas iniciais, alguns dos senadores citaram e rechaçaram a fala de Barroso feita durante o 59° Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes).

“Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, afirmou o magistrado, na quarta (12).

Após a repercussão da participação do ministro no congresso, o STF emitiu uma nota afirmando que Barroso se referia ao voto popular ao mencionar o bolsonarismo em discurso aos estudantes.

Para o senador Rogério Marinho (PL-RN), porém, o esclarecimento da corte teria agravado a situação.

“O pior não foi a fala, foi a nota que foi emitida para justificar a fala. Na nota, se diz que a atuação individual ou pessoal não pode ser confundida com a institucional. Ora, quem guarda a Constituição brasileira [como Barroso, na condição de ministro] atenta contra ela, no sentido de que a magistratura não pode ter ação político-partidária”, afirmou o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL).

“É necessário que haja uma retratação do senhor ministro do STF. E, ao haver, não pode ficar impávido. Nós não podemos aceitar isso passivamente. Não podemos achar que as coisas estão normais”, disse ainda.

Ao dar início à sua fala na audiência, Marinho chorou e precisou ser consolado pelo senador Magno Malta (PL-ES) e pelo pai, o ex-senador Valério Djalma Cavalcanti Marinho, que o acompanhava na audiência. Sua comoção, afirmou, se devia à situação de todos aqueles que ainda se encontram presos por causa do 8 de janeiro.

Antes dele, a senadora Damares Alves já havia se emocionado com o discurso da advogada Carolina Siebra, que representa os defensores dos processados pelos atos golpistas. A parlamentar chegou a quebrar o protocolo e a se dirigir à mesa da presidência da audiência para abraçar a advogada.

À coluna, Damares diz que não inteirou sobre a fala de Barroso, mas endossou as críticas ao magistrado. “Se ele falou, ele está admitindo o ativismo político do STF.”

Aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro, Malta chegou a sugerir que o ministro do STF teria a língua “solta”. “Nós somos obrigados a ouvir que o STF agora é o poder político do Brasil. ‘Perdeu, mané’, ‘nós derrotamos o bolsonarismo'”, afirmou o senador, reproduzindo frases ditas anteriormente por Barroso.

“Um ministro [que] não tem medida, não tem trava na língua, viola até os seus próprios códigos. O dia é difícil para nós, de todas as formas”, acrescentou.

A audiência desta quinta conta com a participação de integrantes da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro. A eles, o senador Eduardo Girão pediu desculpas pela demora em concretizar o encontro no Senado e lamentou a situação daqueles que ainda se encontram detidos. “Também… Estão com os braços cruzados”, se queixou um dos familiares, em tom de voz elevado.

Antes dele, a senadora Damares Alves já havia se emocionado com o discurso da advogada Carolina Siebra, que representa os defensores dos processados pelos atos golpistas. A parlamentar chegou a quebrar o protocolo e a se dirigir à mesa da presidência da audiência para abraçar a advogada.

À coluna, Damares diz que não inteirou sobre a fala de Barroso, mas endossou as críticas ao magistrado. “Se ele falou, ele está admitindo o ativismo político do STF.”

Aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro, Malta chegou a sugerir que o ministro do STF teria a língua “solta”. “Nós somos obrigados a ouvir que o STF agora é o poder político do Brasil. ‘Perdeu, mané’, ‘nós derrotamos o bolsonarismo'”, afirmou o senador, reproduzindo frases ditas anteriormente por Barroso.

“Um ministro [que] não tem medida, não tem trava na língua, viola até os seus próprios códigos. O dia é difícil para nós, de todas as formas”, acrescentou.

A audiência desta quinta conta com a participação de integrantes da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro. A eles, o senador Eduardo Girão pediu desculpas pela demora em concretizar o encontro no Senado e lamentou a situação daqueles que ainda se encontram detidos. “Também… Estão com os braços cruzados”, se queixou um dos familiares, em tom de voz elevado.

Mônica Bergamo/Folhapress

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