‘Parece uma garganta profunda’, diz Geddel sobre decisão do PT de indicar candidatura própria à Prefeitura de Salvador

O  ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB)
O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) disse a este Política Livre que o PT de Salvador “contamina” o diálogo com os partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) ao aprovar oficialmente, no diretório, o indicativo de candidatura própria na capital. Ele afirmou ainda que está na hora de “afunilar” as discussões para a definição de uma candidatura única do bloco de sustentação do Executivo estadual.

“O MDB tem um nome sugerido para disputar a Prefeitura de Salvador, oferecido como alternativa ao governador e ao conjunto de partidos que integram o conselho político, que é o do vice-governador Geraldo Júnior. Mas não aprovamos nenhuma medida determinando que o MDB terá candidato próprio, até porque toda a nossa articulação é pela união da base. O que o PT da capital fez não contribui para a unidade. Ter nomes tudo bem, todos têm o direito de apresentar para discutir, mas sem imposições, coisa que não faremos”, disse o ex-ministro.

“O PT já tem o governo federal, e tem o governo estadual. Quando faz um gesto desse partidário, fica parecendo que quer tudo, parece uma garganta profunda. Está na hora de começarmos a afunilar esse debate em busca de um consenso, o que acaba sendo prejudicado por coisas assim. No interior do Estado, as articulações estão em ritmo acelerado e também precisamos discutir critérios na base nos demais municípios”, acrescentou.

Neste sábado (8), o MDB lançou a pré-candidatura da vereadora emedebista Lúcia Rocha à Prefeitura de Vitória da Conquista, terceiro maior colégio eleitoral da Bahia (clique aqui para ler). Questionado, Geddel ressaltou que não há contradição nesse movimento com as críticas feitas ao PT de Salvador.

“Apresentamos um nome, como temos o de Geraldo Júnior em Salvador, como o PT tem em Conquista (o do deputado federal Waldenor Pereira). Mas não aprovamos uma resolução no diretório municipal dizendo que teremos obrigatoriamente candidato. Agora, vamos dialogar com as demais forças políticas em Conquista para tentar a construção da unidade”, frisou.

Geddel disse ainda que o MDB tem buscado fortalecer o partido e a base do governador atraindo lideranças que apoiaram a oposição no pleito de 2022. Na semana passada, por exemplo, o partido filiou o prefeito de Terra Nova, Éder de Nilda, que estava no Cidadania e apoiou a candidatura de ACM Neto ao Palácio de Ondina em 2022. O ex-ministro afirmou que a sigla vem dialogando inclusive com prefeitos do PSDB e do PP.
Política Livre

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