Silvinei passa mal em depoimento à PF, e defesa descarta delação dizendo ser só ‘para criminoso’

O ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques
O advogado do ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques afirmou nesta quinta-feira (10) que seu cliente não fará delação premiada, sob a justificativa de que o instrumento é “para criminoso”.

Eduardo Nostrani Simão, responsável pela defesa de Silvinei, afirmou que a proposta nem sequer foi oferecida e que, mesmo se houvesse, não seria aceita.

“Delação premiada é para criminoso. Ele é um herói nacional”, disse o advogado ao deixar a sede da Polícia Federal, onde ex-diretor prestou depoimento, chegou a passar mal e ser atendido por brigadistas.

De acordo com informações de pessoas que acompanharam o depoimento, Silvinei chegou à PF relatando estar se sentindo mal, tendo sido atendido no local. Ele deixou o prédio pouco antes das 19h.

Silvinei, que comandou a PRF no governo de Jair Bolsonaro (PL), foi preso em Florianópolis nesta quarta-feira (9), em uma operação sobre as suspeitas de interferência da corporação no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Ele foi transferido ainda na quarta para Brasília.

A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Intimada a se manifestar sobre o pedido de diligências da PF, a PGR (Procuradoria-Geral da República) opinou contra, por entender que bastariam a busca e o interrogatório do investigado.

Em depoimento à CPI do 8 de janeiro no mês passado, Silvinei disse que a corporação é alvo da “maior injustiça” da história e negou que ela tenha atuado para prejudicar eleitores de Lula (PT) no dia do segundo turno das eleições.

Marcelo Rocha/Folhapress

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