Governo do Estado intensifica força-tarefa para identificar origem de óleo nas praias

Foto: Divulgação/Sema

O Governo do Estado, através da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), intensificou, nesta sexta-feira (15), os esforços para identificar a origem da contaminação do óleo que voltou a aparecer nas praias de Salvador e de outras cidades baianas.

Participam também das ações a Marinha do Brasil, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Secretaria da Saúde, prefeituras de Cairu, Valença, Jaguaripe, Salvador e Vera Cruz.

Durante a manhã, uma equipe formada pelo secretário da Sema, Eduardo Mendonça Sodré Martins, e pelos diretores Eduardo Topázio (Fiscalização) e Antônio Martins Rocha (Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental), realizou um sobrevoo nas praias dos municípios atingidos para avaliar a real dimensão das manchas de óleo.

Segundo o titular da pasta ambiental, as praias que foram detectadas manchas de óleo estão localizadas em cinco municípios do Estado: Salvador, Cairu, Jaguaripe, Vera Cruz e Valença. “A extensão do dano é difícil mensurar, mas, à priori, são manchas na zona costeira, nas praias, e apenas uma mancha próxima da primeira praia de Morro de São Paulo. Fora isso, as demais manchas são encontradas na parte de praia. Já quanto às ações da secretaria, criamos um gabinete de crise, com as participações da Casa Civil, da Defesa Civil, Meio Ambiente da Sema, do Inema, IBAMA, Marinha do Brasil e Secretaria da Saúde. Todos unidos para identificar e trabalhar da melhor forma. Já fizemos uma coleta do material na praia de Caixa prego e na Praia do Garcês, encaminhamos para análise também, e amanhã, sábado [16], vou fazer uma nova ação em campo, uma fiscalização nas praias em Cairu para apurar mais detalhadamente essas ocorrências”, explicou Eduardo Sodré Martins.

Ele esclareceu ainda que a ação também tem como objetivo mostrar a retomada da parceria entre os governos federal, estadual e municipais na tentativa de acionar e minimizar os maiores danos possíveis. “A gente acredita, não tem informações detalhadas, de que a origem não seja do mesmo material de 2019, mas a gente está vendo resíduos de várias estruturas, densidades e condições físico-químicas diferentes, então vamos trabalhar isso da melhor forma”, assegurou o secretário.

Durante à tarde, a mesma equipe participou de uma reunião com o vice-almirante Antonio Carlos Cambra, comandante do 2º Distrito Naval, onde foi apresentado um panorama da área costeira da região.

Segundo o comandante, a Marinha do Brasil está acompanhando, desde o início, o incidente de aparecimento de óleo em praias do litoral da Bahia. “O comando do 2º Distrito Naval, juntamente com a Capitania dos Portos da Bahia, mobilizou meios e pessoal, desde o dia 10 de setembro, para a coleta de amostras e levantamento de dados. Hoje, fizemos uma reunião muito proveitosa com o Secretário do Meio Ambiente do Estado da Bahia para apresentarmos as ações da Marinha, planejarmos os próximos passos e reforçar o trabalho conjunto”, disse.

Durante a reunião, ficou definida uma inspeção capitaneada pela Marinha, juntamente com técnicos da Sema, para coleta de material e analisar se os fragmentos são provenientes de um novo vazamento ou descarte de óleo no mar ou, ainda, resquício do grande derramamento de óleo que atingiu a costa nordestina no ano de 2019.

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