Acusado de liderar milícia em Feira de Santana, Binho Galinha negociava filiação ao Avante
Alvo da Operação El Patron, coordenada pela Polícia Federal e executada nesta quinta-feira (07), o deputado estadual Binho Galinha negociava a filiação ao Avante, partido comandado na Bahia pelo ex-deputado federal Ronaldo Carletto.
A filiação poderia ocorrer antes mesmo de a janela partidária para os deputados se abrir, em 2026, ano das eleições gerais e estaduais. Isso porque o partido pelo qual Binho Galinha foi eleito, o Patriota, deixou de existir a partir da fusão com o PTB, dando origem ao PRD.
O entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é que a fusão de dois ou mais partidos políticos submete seus filiados a uma mudança substancial de programa partidário, visto que a orientação e o estatuto originais das legendas pelas quais se elegeram não mais existem. Com isso, há justa causa para desfiliação sem a perda do mandato por infidelidade.
Binho Galinha integra o bloco informal de oito parlamentares, chamado de G8, que foi criada na Assembleia Legislativa pela articulação de Ronaldo Carletto. O grupo é composto ainda pelos deputados Luciano Araújo (Solidariedade), Raimundinho da JR (PL), Vitor Azevedo (PL), Nelson Leal (PP), Felipe Duarte (PP), Laerte de Vando (Podemos) e Patrick Lopes (Avante).
Além de Binho Galinha, do G8 também negociam a filiação ao Avante os deputados Nelson Leal, Felipe Duarte e Laerte de Vando. O grupo faz parte da base de sustentação do governo Jerônimo Rodrigues (PT).
Na Assembleia, Binho Galinha, acusado pela Polícia Federal de liderar um grupo miliciano que atua na região de Feira de Santana, além de praticar crimes como lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada, é um deputado discreto, que não utiliza a tribuna do plenário da Assembleia e nem tem iniciativas legislativas de relevância. Também é avesso à imprensa. É um dos representantes de Feira de Santana na Casa.
Política Livre
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