Servidores da Fiocruz se dizem ‘penalizados’ e ‘esquecidos’ e cobram Lula por reajuste
Prédio da Fiocruz, no Rio de Janeiro |
O último aumento concedido aos colaboradores da instituição foi de 9% e ocorreu no ano passado, após seis anos sem nenhum tipo de correção pela inflação. Um plano prevê reajuste zero para este ano, que seria sucedido por um aumento de 4,5% em 2025 e, posteriormente, mais 4,5% em 2026.
“Da revolta da vacina ao mosquito mutante, são mais de cem anos de serviço público, década após década, todos os dias, em todos os lugares, cumprindo a missão que a nação nos deu: salvar vidas sob a bandeira da democracia, da sustentabilidade e da paz”, diz a carta destinada a Lula.
No documento, que é assinado pelo Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc-SN), afirma que os quadros da Fiocruz lutaram contra o tempo e trabalharam “sob o peso de um flagelo mortal” durante a pandemia de Covid-19, em busca de uma vacina contra o vírus.
“Se outras categorias tiveram recomposição salarial no início de 2024, onde estão os avanços na valorização de quem faz a ciência avançar, de quem cuida de criar e preservar vidas melhores para todos?”, questionam os servidores da Fiocruz.
“O plano atual é incoerente e insuficiente. Dia e noite, nós, trabalhadoras e trabalhadores da Fiocruz, jamais descuidamos de nosso compromisso com a sociedade, onde quer que esteja, porque compreendemos que saúde é democracia e democracia é saúde. Fomos penalizados, esquecidos? É injusto, é inaceitável”, afirmam ainda.
Uma cópia da carta também foi remetida à ministra da Saúde, Nísia Trindade. Ela foi a primeira mulher a presidir a centenária instituição, referência em ciência, saúde pública e tecnologia em saúde da América Latina.
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