Irmão de Cláudio Castro deixa cargo no governo do Rio após ser alvo da PF
Vinícius Sarciá Rocha e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), seu irmão |
Irmão de criação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), Vinícius Sarciá Rocha renunciou ao cargo de presidente do Conselho de Administração da Age-Rio (agência de fomento do estado). A exoneração foi publicada no Diário Oficial do estado desta quarta-feira (24).
A decisão ocorre cerca de um mês após ter sido alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal por ordem do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em 20 de dezembro. A ação fazia parte do inquérito sobre possíveis fraudes em programas assistenciais do estado.
Sarciá Rocha e Castro foram criados juntos. A mãe dele se casou com o pai do governador.
A PF apura um suposto esquema de corrupção nos projetos de assistência social Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel, dos anos 2017 a 2020. Há suspeita de que os envolvidos teriam cometido peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, além de integrarem organização criminosa.
Na casa de Sarciá Rocha, foram encontrados R$ 128 mil e US$ 7.535 em espécie. Segundo a PF, também foram apreendidos os celulares dos três alvos da operação, além de anotações, planilhas e documentos diversos de interesse para a investigação. A defesa argumenta que o dinheiro foi declarado à Receita Federal.
Também foram alvos de buscas a subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, Astrid de Souza Brasil Nunes, e o gestor de Governança Socioambiental da Cedae, Allan Borges Nogueira.
Apesar de ser investigado, Castro não foi alvo de buscas nesta fase da operação. Contudo, o STJ autorizou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e temático do governador.
A defesa do governador afirma em nota que “não há nada” na investigação contra ele. “Nenhuma prova e tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente”.
Dizem ainda que a operação deflagrada não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019, e que o governador recebe com tranquilidade a decisão de quebra de seus sigilos, alegando que “todo homem público deve sempre estar à disposição do crivo das instituições”.
Enquanto um novo nome não é escolhido, o vice-presidente Tales José do Coutto Boiteux assume interinamente a presidência da Age-Rio.
“A Companhia comunica, ainda, que a renúncia já foi informada aos demais membros do Conselho de Administração e que está adotando todas as providências cabíveis para formalização da renúncia no Banco Central do Brasil e na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro”, diz trecho do Diário Oficial do Estado desta quarta.
O Palácio Guanabara e a Age-Rio não se manifestaram até esta publicação.
Aléxia Sousa/Folhapress
A decisão ocorre cerca de um mês após ter sido alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal por ordem do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em 20 de dezembro. A ação fazia parte do inquérito sobre possíveis fraudes em programas assistenciais do estado.
Sarciá Rocha e Castro foram criados juntos. A mãe dele se casou com o pai do governador.
A PF apura um suposto esquema de corrupção nos projetos de assistência social Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel, dos anos 2017 a 2020. Há suspeita de que os envolvidos teriam cometido peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, além de integrarem organização criminosa.
Na casa de Sarciá Rocha, foram encontrados R$ 128 mil e US$ 7.535 em espécie. Segundo a PF, também foram apreendidos os celulares dos três alvos da operação, além de anotações, planilhas e documentos diversos de interesse para a investigação. A defesa argumenta que o dinheiro foi declarado à Receita Federal.
Também foram alvos de buscas a subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, Astrid de Souza Brasil Nunes, e o gestor de Governança Socioambiental da Cedae, Allan Borges Nogueira.
Apesar de ser investigado, Castro não foi alvo de buscas nesta fase da operação. Contudo, o STJ autorizou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e temático do governador.
A defesa do governador afirma em nota que “não há nada” na investigação contra ele. “Nenhuma prova e tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente”.
Dizem ainda que a operação deflagrada não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019, e que o governador recebe com tranquilidade a decisão de quebra de seus sigilos, alegando que “todo homem público deve sempre estar à disposição do crivo das instituições”.
Enquanto um novo nome não é escolhido, o vice-presidente Tales José do Coutto Boiteux assume interinamente a presidência da Age-Rio.
“A Companhia comunica, ainda, que a renúncia já foi informada aos demais membros do Conselho de Administração e que está adotando todas as providências cabíveis para formalização da renúncia no Banco Central do Brasil e na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro”, diz trecho do Diário Oficial do Estado desta quarta.
O Palácio Guanabara e a Age-Rio não se manifestaram até esta publicação.
Aléxia Sousa/Folhapress
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